sexta-feira, setembro 20, 2024
InícioEconomiaBrasil tem mais jovens 'nem-nem' que Argentina, Chile e Bolívia

Brasil tem mais jovens ‘nem-nem’ que Argentina, Chile e Bolívia

O Brasil tem mais jovens “nem-nem” (que não estudam nem trabalham) que a Argentina, o Chile e a Bolívia. De acordo com relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o fenômeno acontece porque a recuperação do emprego pós-pandemia da covid-19 não foi uniforme.

Em 2023, 20,6% dos brasileiros entre 15 e 24 anos estavam nessa situação, uma leve melhora em relação aos 20,9% de 2022. No entanto, o índice brasileiro ainda é inferior ao de países vizinhos: na Argentina, a taxa é de 15%; no Chile, 15,3%; e na Bolívia, 9,5%.

Comparação do Brasil com países vizinhos, como Argentina, Chile e Bolívia

O relatório da OIT destaca ainda que um de cada cinco jovens no mundo é “nem-nem”. A organização ressalta que a recuperação do emprego pós-pandemia afetou principalmente economias emergentes e em desenvolvimento.

Além disso, o estudo revela que dois terços dos jovens “nem-nem” são mulheres, mostrando que há mais homens no mercado de trabalho. Em 2023, 28,1% das jovens mulheres no mundo estavam nessa situação, em comparação com 13,1% dos homens jovens.

Diretor-geral da OIT, Gilbert F. Houngbo afirmou que o cenário global indica um aumento de empregos informais e desafios para encontrar empregos permanentes e seguros.

“Nenhum de nós pode esperar um futuro estável quando milhões de jovens ao redor do mundo não têm trabalho decente e, como resultado, estão se sentindo inseguros e incapazes de construir uma vida melhor para si e suas famílias”, comentou.

Conforme Houngbo, muitas mulheres jovens, jovens com meios financeiros limitados ou de qualquer origem ainda precisam lutar muito. “Sem oportunidades iguais para educação e empregos decentes, milhões de jovens estão perdendo suas chances de um futuro melhor.”

Impacto econômico dos jovens “nem-nem”

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) estimou que os jovens brasileiros de 18 a 24 anos que não estudam nem trabalham poderiam ter contribuído com R$ 46,3 bilhões ao PIB do Brasil em 2022 se estivessem inseridos na economia.

Se essa participação tivesse ocorrido, o PIB brasileiro poderia ter alcançado R$ 10,146 trilhões, um aumento de 0,46 ponto porcentual em relação ao valor de 2022.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui