quinta-feira, janeiro 30, 2025
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Brasil tem maior número de demissões desde 2020

O Brasil fechou 535.547 vagas de emprego e demitiu 2.059.798 pessoas em dezembro do ano passado, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quinta-feira, 30.

O número ficou bem acima da projeção de economistas, que estimavam um fechamento líquido de 402.500 postos de trabalho. Esse também foi o pior desempenho para dezembro desde 2020, quando a série histórica teve início.

O resultado ocorreu em meio ao ciclo de aperto da política monetária pelo Banco Central, iniciado em setembro, devido à expectativa de inflação ainda mais alta.

Apesar do recuo em dezembro, o país fechou 2024 com um saldo positivo de 1.693.673 vagas formais, fruto de 25.567.248 admissões e 23.873.575 desligamentos.

Segundo o Ministério do Trabalho, o saldo de empregos no último mês do ano historicamente apresenta retração.

O resultado geral de 2024 foi o melhor desde 2022, quando foram abertos 2.014.424 vagas. Em 2023, o país criou 1.454.124 postos de trabalho com carteira assinada, considerando dados ajustados.

Todos os setores do Brasil tiveram queda no número de vagas

Todos os cinco setores da economia do Brasil registraram queda no número de vagas em dezembro. O setor de serviços liderou o recuo, com o fechamento de 257.703 postos, seguido pela indústria, que perdeu 116.422 vagas. Construção, agropecuária e comércio também tiveram redução, sendo que este último fechou 25.084 postos de trabalho.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o desempenho negativo do mercado de trabalho formal em dezembro pode ter sido influenciado pela alta dos juros.

“Não dá para bater o martelo em sacramentar que foi [sic] os juros que causou isso”, disse, em entrevista coletiva para a divulgação dos dados. “Não dá para ter essa convicção, o que eu digo é que é possível que tenha acontecido. Pode ter influência dos juros? Claro que pode.”

Sobre a expectativa para o crescimento das vagas formais em 2025, Marinho disse que a tendência deve seguir os mesmos padrões de 2023 e 2024. “Não esperamos coisa superior, mas também não esperamos coisa inferior”, afirmou.

Via Revista Oeste

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