Conforme dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil registra nesta sexta-feira, 25, mais de 1,2 mil focos de incêndios.
O bioma da Caatinga concentra a maior parte dos focos, com o equivalente a 25,3% do total. Maranhão é o Estado com o maior número de queimadas, com 230 focos. Em seguida aparecem Mato Grosso do Sul (203) e Mato Grosso (136).
Incêndios atingem 5 biomas
Dos 6 biomas brasileiros, 5 registraram a incidência de fogo. O Pantanal teve o segundo maior número, com 317 focos, ou quase 25% da totalidade.
O Brasil encerrou o mês de agosto de 2024 com o pior número de queimadas em 14 anos. Foram 68,6 mil ocorrências, gerando como resultado a 5ª pior marca da série histórica, que se iniciou em 1998.
Em relação ao mesmo período de 2023, isso representa uma alta de 144% . Setembro teve 83,1 mil focos de incêndio, tornando-se, consequentemente, o pior mês do ano em número de queimadas até o momento.
O mês passado foi o setembro com maior número de queimadas desde 2010, quando foram contabilizados 109 mil focos de incêndio. Em relação ao último ano, que registrou 46,4 mil pontos de fogo em setembro, o aumento foi de 78,74%.
Tradicionalmente, este é o mês em que se registra o pico de queimadas no Brasil, que segue até outubro. O país acumula, em outubro, 26,3 mil focos de incêndio. Em 2024, já são 236,5 mil ocorrências do tipo.
O país vive, além da alta dos focos de incêndio, uma seca histórica, com a pior estiagem em 75 anos, segundo o Instituto Chico Mendes da Conservação e Biodiversidade (ICMBio).
Principais causas; entenda
A seca e a estiagem que afetam grande parte dos municípios são comuns no inverno brasileiro. A temporada teve início em junho e segue até o final de setembro. Contudo, a intensidade em que ocorrem na estação, este ano, é atípica.
Os fatores que favorecem os incêndios são, principalmente, as fortes ondas de calor, em contraste com o menor número de ondas de frio; e a antecipação da seca, que em algumas regiões começou antes do inverno.