sexta-feira, novembro 22, 2024
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Brasil registra crescimento de até 20% na pecuária de búfalos

O rebanho brasileiro de búfalos já é o maior do Ocidente, com cerca de 2 milhões de animais, e registra mudança de perfil nos últimos dez anos. Isso ocorre devido à crescente demanda por laticínios de búfala, especialmente na Região Sudeste.

Atualmente, 80% dos búfalos são destinados ao corte. Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), a pecuária leiteira de búfalos, em São Paulo, cresceu 12% na última década. No Vale do Ribeira e no sudoeste paulista, esse número chega a até 20%.

A rusticidade das búfalas, que são menos propensas a doenças como mastite, doença do casco e mosca-dos-chifres, e o fato de o leite de búfala ser vendido pelo dobro do preço do leite de vaca são alguns dos fatores que impulsionam esse crescimento.

Tal produto possui o dobro de gordura e 30% mais proteínas que o leite de vaca, o que aumenta a eficiência na produção de queijos. São necessários apenas de cinco a seis litros de leite de búfala para produzir 1 quilo de muçarela, enquanto o leite de vaca pode exigir o dobro.

Vantagens econômicas e estruturais dos búfalos

O custo para o criador é menor com as búfalas, quando comparado com o valor pago com vacas | Foto: Reprodução/Ascrib

O presidente da ABCB explicou, ao jornal Folha de S.Paulo, que o custo para o criador é menor com as búfalas, quando comparado com o valor pago com vacas. “Mas o importante, para começar uma criação, é estar perto dos laticínios”, afirmou.

Os búfalos chegaram ao Brasil no século XIX, pela Ilha de Marajó (PA), inicialmente com as raças indianas Murrah e Jafarabadi, e com a Mediterrânea italiana sendo importada no século XX. Atualmente, 80% do rebanho nacional é mestiço e voltado para a produção de leite.

Criadores também destacam a docilidade dos búfalos. Carlos Alberto Cunha, do sítio São Francisco em Itanhandu (MG), converteu seu rebanho em 2014 e elogia suas 200 búfalas.

“Elas atendem pelo nome e deitam para receber carinho”, contou Cunha, à Folha. “Na ordenha, nem é preciso amarrar as pernas.”

Já no manejo, os búfalos precisam de água para regular a temperatura corporal, devido à ausência de glândulas sudoríparas.

Via Revista Oeste

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