Durante a campanha eleitoral de 2024, o Brasil registrou 338 incidentes de violência política, conforme relatório do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/Unirio).
Mais da metade dos casos envolveu violência física, como o ataque a tiros sofrido pelo prefeito de Taboão da Serra (SP), José Aprígio da Silva (Podemos). O atentado ocorreu nesta sexta-feira, 18, quando o político estava em um carro.
O levantamento do grupo da Unirio ainda revelou que 88 dos incidentes foram atentados, dos quais 55 resultaram em sobrevivência e 33 em fatalidades.
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O 19° Boletim do Observatório da Violência Política e Eleitoral contabiliza violência contra políticos em geral, o que inclui vereadores, prefeitos, secretários, governadores, candidatos e ex-ocupantes de cargos públicos.
Violência na campanha eleitoral afeta diversos partidos
Ao menos 25 partidos de todos os espectros políticos foram afetados, com destaque para União Brasil, para o Partido dos Trabalhadores (PT) e para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
De acordo com o levantamento, a campanha de 2024 superou as eleições anteriores em casos de violência política. Em 2022, foram 263 episódios durante o pleito polarizado entre eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula. Em 2020, por sua vez, houve 235 casos.
Casos recentes
Além do atentado em Taboão, duas vereadoras relataram ataques a tiros em veículos.
Tainá de Paula (PT-RJ), por exemplo, afirmou que estava em seu veículo na Vila Isabel, Rio de Janeiro, quando dois criminosos dispararam contra as portas do automóvel.
Janaina Lima (PP-SP) relatou que seu carro foi atingido por seis tiros, enquanto estava estacionado em frente à casa de um familiar, em São Paulo.