Em agosto de 2024, o Brasil perdeu o equivalente ao território da Paraíba em queimadas, de acordo com a organização MapBiomas. Os dados mostram que a área total queimada atingiu 5,6 milhões de hectares, quase metade do total destruído em todo o ano.
Ao comparar agosto de 2024 com o mesmo mês em 2023, houve um aumento de 149%, ou 3,3 milhões de hectares. Um quarto dessa área está em pastagens usadas para pecuária. São Paulo foi um dos Estados mais afetados, com 86% das áreas atingidas em 2024, quase 90% em áreas de agropecuária.
Queimadas impactaram o cultivo de cana de açucar
O cultivo de cana de açúcar foi o mais impactado no interior paulista, especialmente em Ribeirão Preto, Sertãozinho e Pitangueiras. Até agora, a polícia prendeu 15 pessoas por provocarem incêndios no Estado.
Os biomas Cerrado e Pantanal estão entre os mais afetados, com destaque para o Centro-Oeste. Em Mato Grosso do Sul, as queimadas de 2024 já atingiram 2 milhões de hectares.
“O bioma do Cerrado, que é extremamente vulnerável durante a estiagem, viu a maior extensão de queimadas nos últimos seis anos”, informou, em nota, a coordenadora técnica do estudo, Vera Arruda. “Isso reflete na baixa qualidade do ar nas cidades.”
A Amazônia também sofreu, com 2 milhões de hectares queimados, especialmente em Mato Grosso e no Pará. O Pampa, localizado no Rio Grande do Sul, foi o único bioma que não teve aumento nas queimadas.