Ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar apoio de países ricos à proteção da Amazônia e disse que o Brasil não quer transformar a floresta em um “santuário da humanidade”.
“Queremos convencer que o mundo que já desmatou tem que contribuir de forma muito importante para que os países que têm suas florestas mantenham elas em pé”, afirmou o presidente na Ilha do Combu nesta terça-feira (26).
A fala de Lula ocorreu durante a cerimônia de entrega por Macron da Ordem Nacional da Legião de Honra, a mais alta honraria do Estado francês, ao líder indígena Raoni Mekuktire, do povo Kayapó.
“Não queremos transformar a Amazônia no ‘santuário da humanidade’. Queremos compartilhar com o mundo a exploração e a pesquisa da biodiversidade, e que os indígenas possam participar de tudo que é usufruído das terras que eles moram”, frisou Lula.
Macron foi o primeiro a falar na cerimônia. Em discurso, o líder francês elogiou Lula por criar o Ministério dos Povos Indígenas e reforçou parcerias entre os países na área ambiental, como em prol dos povos indígenas e contra o desmatamento.
“Me felicita hoje ver que o presidente Lula, no governo federal, protege a Amazônia”, afirmou o líder europeu, que passará três dias no Brasil, até a quinta-feira (28), cumprindo agendas oficiais.
Antes da cerimônia de condecoração de Raoni, Lula e Macron se reuniram e acordaram declarações conjuntas firmando compromissos em prol da bioeconomia, da proteção às florestas tropicais e na atuação contra os efeitos das mudanças climáticas.
Na quarta-feira (27), Lula e Macron visitarão um complexo naval no Rio de Janeiro para o batismo e o lançamento ao mar de um submarino desenvolvido em parceria entre Brasil e França. Já na quinta, o líder francês será recebido em Brasília.
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