sábado, novembro 23, 2024
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Brasil garante presença em projeto de supertelescópio com maior câmera do mundo

O Brasil, por meio do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (Linea), acabou de assinar um acordo de cooperação científica com o SLAC, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, válido até 2038 para garantir sua presença no projeto de um supertelescópio que possuirá a maior câmera digital do mundo.

Os testes do projeto Legacy Survey of Space and Time (LSST) começam neste mês e a expectativa é de que o telescópio possa produzir as primeiras imagens antes do fim de setembro. A promessa, que envolve um esforço internacional de vários países, é de que o equipamento monitore o céu do hemisfério Sul durantes todas as noites por dez anos e que isso dê sedimentos para a comunidade científica internacional compreender mistérios sobre o espaço.

O Brasil participará da colaboração enviando 120 cientistas, sendo 80% deles jovens pesquisadores. São 26 instituições de ensino de 12 estados diferentes enviando representantes para o BPG-LSST, nome dado ao coletivo brasileiro que atuará no projeto. Caberá ao Brasil a gestão de um centro de dados para armazenar e processar as informações geradas pelo supertelescópio, o que inclui ainda a criação de um software de Big Data específico para essa operação.

“Tudo o que se move ou explode no Universo será detectado. Entre outras coisas, o projeto fará  um censo completo do Sistema Solar, sem precedentes. É um projeto transformador, uma oportunidade de integrar uma das maiores experiências científicas da História, uma jornada no desconhecido com alta tecnologia, sem paralelo para a ciência brasileira, com impacto transversal em muitas áreas do conhecimento”, disse o astrofísico Luiz Nicolaci da Costa, diretor do Linea.

O que é o supertelescópio LSST?

O supertelescópio ficará localizado no Observatório Rubin, que está sendo construído em Cerro Pachón, na região de Coquimbo, no Chile. O projeto estabeleceu dois recordes no Guinness World Records, com a maior resolução e a maior lente óptica da Terra. A peça terá resolução de 3,2 gigapixels e a lente terá 1,57 metro de diâmetro.

Com o auxílio do telescópio LSST, que terá mais de 8 metros, o observatório produzirá 20 terabytes de dados em todas as noites durante 10 anos.

Para atingir tal feito, ele reunirá milhões de imagens de alta resolução de aglomerados de estrelas, que poderão ser reunidas por cientistas e ajudarão a expandir o volume de galáxias que podem ser vistas e, portanto, estudadas pela humanidade.

O observatório leva o nome da astrônoma Vera C. Rubin, que dedicou sua vida acadêmica a provar que existe matéria invisível no Universo. A partir de seus estudos, os cientistas descobriram que mais de 80% da matéria do universo é invisível.

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Via CNN

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