O governo federal enviou 37 bombeiros militares da Força Nacional de Segurança Pública e outros 25 do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal para apoiar o combate aos incêndios florestais que atingem a Bolívia na fronteira com o Brasil, segundo uma nota publicada neste sábado, 7, pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Os incêndios ameaçam a Serra do Amolar, no Pantanal boliviano, e populações tradicionais do lado brasileiro da fronteira.
A ação deve incluir sobrevoos e análises de mapas de satélite para identificar os focos de incêndio ao longo da faixa de fronteira, na altura dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O Brasil e a Bolívia compartilham 3,4 mil quilômetros de fronteira terrestre.
Além de contribuir com o país vizinho em operações conjuntas para extinguir o fogo, a missão tem caráter preventivo, com o objetivo de evitar novos focos de incêndio no território brasileiro.
De janeiro até 7 de setembro, o Pantanal brasileiro registrou 9,6 mil focos de incêndio, segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A Bolívia, por sua vez, teve cerca de 56,6 mil focos de incêndio, maior número para o período nos últimos 13 anos, de acordo com o Inpe.
Trabalho conjunto entre Brasil e Bolívia
Os focos de incêndio na região aumentaram em julho. Em 12 de agosto, o governo boliviano solicitou auxílio.
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Além do MRE, a coordenação da missão conta com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Conforme o MRE, um escalão avançado foi enviado no último dia 5 para constituir um comando conjunto na cidade boliviana de San Ignacio de Velasco, no Departamento de Santa Cruz.
A expectativa, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União, é que a equipe brasileira atue no país vizinho até o dia 17 deste mês.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado