sábado, junho 14, 2025
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Brasil emite 64 notas críticas a ações de Israel

Desde 7 de outubro de 2023 — data que os terroristas do Hamas fizeram o pior ataque contra Israel e deixaram 1,2 mil mortos —, o Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores do governo Lula, intensificou críticas às operações militares israelenses no Oriente Médio.

Nesse período, o governo de Lula emitiu 64 notas oficiais que condenam ataques israelenses e manifestam preocupação com violações à soberania de países como Líbano e Irã, que são o território dos terroristas do Hezbollah e o financiador das ações desse grupo, respectivamente.

O comunicado mais recente do governo Lula foi divulgado depois que Israel bombardeou instalações nucleares no Irã na última quinta-feira, 12 (sexta-feira, 13, pelo horário de Brasília). O governo petista condenou Israel e nada mencionou sobre armas nucleares.

No começo da guerra, o Ministério das Relações Exteriores publicou três comunicados diante de ataques de Israel contra os países próximos, mas o tom das críticas se acentuou no decorrer do ano seguinte.

Escalada nas manifestações do Itamaraty

Somente em 2024, o Itamaraty divulgou 45 notas demonstrando preocupação ou condenando operações militares israelenses no Oriente Médio; 29 delas foram divulgadas no segundo semestre. Entre janeiro e junho de 2025, mais de 17 comunicados foram publicados, mostra levantamento do Poder360.

Os quatro comunicados mais recentes foram expedidos na semana que terminou na sexta-feira 13. Além de sugerir violações à soberania do Irã, a diplomacia brasileira também tratou da interceptação da embarcação Madleen, que transportava a ativista sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila em direção a Gaza, tema de três informes recentes.

Israel impediu o desembarque dos militantes pró-Palestina e os deportou para seus países de origem.

Governo Lula emitiu 10 notas para criticar grupos terroristas

Em contrapartida, o governo do Brasil publicou dez notas com críticas às atrocidades cometidas pelos grupos terroristas que atuam no Oriente Médio — Hamas, Houthis e Hezbollah — e pelos ataques do Irã contra território israelense.

A primeira manifestação ocorreu no próprio 7 de outubro de 2023, data do ataque inicial do Hamas, seguida de mais três comunicados na mesma semana, depois da morte de três brasileiros pelos terroristas.

A última nota de solidariedade ao povo israelense emitida pela diplomacia do governo Lula foi no aniversário de um ano do ataque do Hamas contra Israel.

A posição do governo Lula sobre Israel

Além das notas da diplomacia, Lula, em dezenas de discursos e entrevistas à imprensa nacional e internacional, manifestou severas críticas a Israel, cujo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, é filiado a um partido de direita.

Repetidas vezes, desde outubro de 2023, o petista afirma que as ações de Israel contra os terroristas do Hamas, que atuam em Gaza, são “genocídio”. Em razão de suas declarações, Lula foi declarado persona non grata por Israel.

Por outro lado, o governo Lula é amigo de ditaduras e regimes autocráticos, como o Irã, a Rússia, a China e a Venezuela. Sobre o Irã, o governo Lula autorizou, por exemplo, que dois navios de guerra iranianos atracassem no Rio de Janeiro em março de 2023. A medida despertou críticas de países ocidentais, especialmente dos EUA.

Via Revista Oeste

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