Em 2024, o Brasil vai ser o sexto país com maior número de migração de milionários para outros territórios, de acordo com pesquisa da consultoria especializada Henley & Partners. O levantamento diz que 800 pessoas com patrimônio de, pelo menos, US$ 1 milhão vão deixar o país.
Esse número coloca o Brasil atrás apenas de China (15,2 mil pessoas), Reino Unido (9,5 mil), Índia (4,3 mil), Coreia do Sul (1,2 mil) e Rússia (mil). O estudo ainda sugere que, nos casos dos brasileiros e indianos, o êxodo está relacionado à busca de um melhor estilo de vida, segurança, limpeza e acessos a serviços de saúde e educação melhores.
Os destinos preferidos entre os ricos brasileiros são Estados Unidos e Portugal. Os dois, inclusive, estão no top 10 dos países que mais receberão milionários estrangeiros em 2024. Os EUA são o segundo, com chegada de 3,8 mil ricos, enquanto Portugal é o nono, com 800.
O primeiro que mais recebe milionários vindos de outros lugares são os Emirados Árabes Unidos (6,7 mil). O estudo destaca que, além dos tradicionais indianos, russos, africanos e vizinhos do Oriente Médio, o país agora atrai britânicos e outros europeus. Dessa forma, o top 5 tem Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Singapura, Canadá e Austrália.
Brasil continua tendência de perda de milionários
Caso a projeção da pesquisa para 2024 se confirme, o Brasil continuará em perda de milionários para outros países. Nos últimos dois anos, isso já ocorreu: foram 1,8 mil ricos em 2022 e 1,2 mil em 2023.
O estudo ainda mostra a quantidade de milionários por país nos últimos dez anos, de 2013 a 2023. O Brasil foi o segundo país que mais registrou queda no número desses ricos (pelo menos US$ 1 milhão).
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Em comparação com outras 30 nações, apenas a Nigéria ficou à frente do Brasil nesse quesito. Enquanto os africanos registraram queda de 45%, os sul-americanos tiveram diminuição de 28%.
No total, o Brasil tem 82,4 mil milionários, sendo que 210 têm fortuna de, ao menos, US$ 100 milhões e 25, de US$ 1 bilhão. Os Estados Unidos são o país com o maior número desses ricos, com 5,5 milhões, seguido de China (862 mil) e Alemanha (806 mil).