O número de milionários no Brasil deve aumentar pouco mais de 20% até 2028, adicionando pouco mais de 80 mil pessoas com patrimônio líquido igual ou maior a US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,43 milhões na cotação atual). As informações são do Global Wealth Report 2024, feito pelo banco suíço de investimentos UBS, segundo a CNN Brasil.
Com o novo número, o total de membros desse grupo passará a 463,8 mil. O cenário ocorre à medida que a riqueza média em reais por adulto aumentou 375% desde a crise financeira de 2008. Em contrapartida, com um avanço de 16,8% na concentração de renda do Brasil.
A mudança deixa o Brasil em terceiro lugar no ranking de maior desigualdade entre 56 países. O Brasil fica atrás apenas da Rússia e da África do Sul, informou o banco suíço.
Os rendimentos globais registraram queda há 16 anos e, em 2022, quando o mercado financeiro enfraqueceu em quase todas as principais economias. O movimento foi revertido em 2023 e mais do que compensou a queda anterior, impulsionado pela valorização do dólar e dos ganhos da Europa, Oriente Médio e África.
No entanto, muitas pessoas podem não sentir as mudanças ou achar que passaram por elas despercebida, conforme a UBS. O motivo seria a desigualdade.
“Os números da riqueza são distorcidos para cima por um grupo de riqueza particularmente alta no topo, que exagera a riqueza da população em geral”, informou o banco.
Em contrapartida, “a desigualdade tendeu a aumentar ao longo dos anos em mercados em rápido crescimento, mas diminuiu em várias economias desenvolvidas e maduras”, como os EUA, onde, em 2023, teve o maior número de milionários.