O general Walter Braga Netto publicou neste sábado, 23, sua defesa diante das acusações de ter planejado um golpe de Estado. Em postagem no Twitter/X, ele disse que “nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano para assassinar alguém”.
Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, o general do Exército também acusou a imprensa de surgir com uma tese “fantasiosa e absurda”, de “golpe dentro do golpe”.
A publicação na rede social também trouxe um comunicado oficial da defesa técnica de Braga Netto. O documento destacou que o militar “sempre primou pela correção ética e moral na busca de soluções legais e constitucionais” ao longo de sua trajetória.
O general, que comandou uma inédita Intervenção Federal no Rio Janeiro, falou ainda que foi um dos poucos, entre civis e militares, que manteve a lealdade ao Presidente Bolsonaro até o final do governo. Ele, diz a nota, permanece leal, “por crença nos mesmos valores e princípios inegociáveis”.
Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém.
Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de “golpe dentro do golpe”.
Haja criatividade… pic.twitter.com/PdZalNu5ew— Braga Netto (@BragaNetto_gen) November 23, 2024
O que dizem os advogados de Braga Netto
Os advogados Gabriella Leonel Venâncio, Luís Henrique César Prata e Francisco Eslei de Lima disseram crer que a observância dos ritos do devido processo legal elucidarão a verdade dos fatos. As responsabilidades de cada um dos envolvidos nos inquéritos, por suas ações e omissões também ficarão evidentes, trouxe o comunicado.
“Por fim, é vital levantar a questão a quem interessa este tipo de ilação e suposição fora do contexto do inquérito legal, que ainda não foi disponibilizado oficialmente para as defesas dos interessados.”
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Braga Netto, vice de Bolsonaro na campanha de 2022, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira, 21, por uma suposta tentativa de golpe de Estado. Além dele, o ex-presidente e outras 35 pessoas foram acusadas no relatório.