quarta-feira, setembro 11, 2024
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Boxeadora intersexual processa Elon Musk e J.K Rowling

A boxeadora argelina Imane Khelif processou a autora de Harry Potter, J.K Rowling, e o empresário Elon Musk, sob acusação de cyberbullying. A atleta é intersexual e foi alvo de críticas durante a Olimpíada de Paris depois de uma luta contra a italiana Angela Carini.

A lutadora da Argélia conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos deste ano (mais detalhes ao fim do texto). A Associação Internacional de Boxe (IBA), no entanto, a baniu de suas competições, pois a argelina não passou num teste de gênero.

A intersexualidade é quando alguém parece ser de um sexo, mas tem as características e a anatomia de outro. No caso da argelina, ela é uma mulher com hiperandrogenismo, ou seja, que tem um distúrbio endócrino que produz testosterona além do normal.

A advogada de Imane, Nabil Boudi, afirmou que Musk e Rowling seriam processados por causa de comentários no Twitter/X.

“O sorriso de um homem que sabe que está protegido por um movimento esportivo misógino, aproveitando a frustração de uma mulher que ele acabou de socar a cara e que as ambições na vida foram quebradas”, escreveu J.K Rowling, sobre Imane Khelif.

Na ocasião da postagem da escritora, o Comitê Olímpico Internacional não havia se pronunciado a respeito da intersexualidade da boxeadora da Argélia. Acreditava-se que ela fosse uma “mulher trans”.

Musk, por sua vez, repostou um tuíte da nadadora norte-americana Riley Gaines. A publicação diz que homens não pertencem a esportes femininos. “Absolutamente”, respondeu o dono do Twitter/X, da montadora de carros elétricos Tesla e da fabricante de satélites e foguetes SpaceX.

Boxeadora que processa Musk por bullying ganhou medalha de ouro em Paris 2024

Em 2023, a IBA impediu Imane Khelif de disputar o Campeonato Mundial depois de a atleta reprovar no teste de gênero. Em 2024, o COI liberou a boxeadora para a Olímpiada de Paris.

“Esta é uma questão de justiça”, afirmou o presidente do COI, Thomas Bach, à imprensa. “As mulheres devem ter permissão para participar de competições femininas.”

Ao receber um soco da argelina, a italiana Angela Carini disse que nunca sentiu um impacto tão forte antes. Ela se ajoelhou e começou a chorar no meio do ringue depois de desistir da luta.

“Subi no ringue para lutar, não me rendi”, disse Angela. “Mas um soco me machucou muito.”

E mais: “Wokeimpíada”, por Eugenio Goussinsky



Via Revista Oeste

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