O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) aproveitou a sua participação na Parada Gay para fazer um discurso político. O evento voltado à comunidade LGBT ocorre neste domingo, 2, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Com microfone em mãos do alto do trio elétrico da organização do evento, o parlamentar, que é pré-candidato a prefeito da capital paulista, falou contra adversários políticos. Mesmo fora do período eleitoral, ele falou de sua intenção em “derrotar o bolsonarismo” no município.
“Esta cidade há dois anos foi para as urnas e ajudou a derrotar [Jair] Bolsonaro e o bolsonarismo”, disse Boulos. “Tenho certeza de que vai novamente às urnas este ano para dar uma resposta contra o bolsonarismo.”
Derrotado no segundo turno da disputa pelo comando do Executivo paulistano por Bruno Covas (PSDB) em 2020, Boulos tentará mais uma vez, na eleição municipal deste ano, se tornar prefeito de São Paulo. Para isso, tem desde já o apoio formal por parte do Partido dos Trabalhadores. No pleito, o PT estará representado por Marta Suplicy, ex-prefeita que será candidata a vice na chapa do psolista.
Na Parada Gay, Boulos critica Ricardo Nunes
Depois de discursar, Boulos conversou com um grupo de jornalistas, informa o site do jornal Folha de S.Paulo, onde ele já colaborou como colunista. Nesse momento, ele criticou diretamente o atual prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB), que será candidato à reeleição.
“[Nunes] parece partilhar do preconceito e da ignorância”, disse o deputado, a respeito da ausência do prefeito na Parada Gay deste domingo. “Acho natural que um candidato que é apoiado pelo Bolsonaro e que comunga de valores bolsonaristas não venha num evento que celebra a diversidade.”
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Ausente na Parada Gay, Nunes marcou presença na mais recente edição da Marcha para Jesus, que ocorreu em São Paulo na quinta-feira 29. Com direito a discursar no evento dedicado à comunidade LGBT, Boulos não compareceu ao encontro cristão.
Assim como o membro do Psol, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) foi outra figura que se apresenta como pré-candidata à Prefeitura de São Paulo que escolheu ir à Parada Gay e ignorar a Marcha para Jesus.