segunda-feira, julho 1, 2024
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Boulos usa palanque de Lula para atacar Tarcísio de Freitas e coronel Mello Araújo

Guilherme Boulos (Psol), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, usou o palanque de um evento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atacar o governador do Estado, Tarcísio de Freitas, e o pré-candidato a vice-prefeito coronel Ricardo Mello Araújo. O evento ocorreu neste sábado, 29, para celebrar o lançamento dos novos campi da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Também estiveram presentes Marta Suplicy, Geraldo Alckmin e outros ministros.

“Enquanto tem gente que ainda hoje acha que um morador da periferia tem de ser tratado diferente do morador dos Jardins, nós que estamos aqui temos a certeza e a convicção de que o morador de Itaquera e Cidade Tiradentes tem de ser tratado com o mesmo respeito que o morador dos Jardins, do Morumbi ou de qualquer bairro rico desta cidade”, disse Boulos, ao supostamente rebater uma antiga declaração de Mello Araújo. Em 2017, o coronel teria dito que os moradores desses dois bairros paulistanos deveriam ser tratados de maneiras distintas.

Boulos também criticou a proposta de escolas militares, defendida por Tarcísio de Freitas. “Dentro da sala de aula, tem de ser professor”, disse, pouco antes de atacar Ricardo Nunes. “O atual prefeito se tornou refém de Jair Bolsonaro. Tem medo de aparecer em evento do governo federal e ser atacado por bolsonaristas.”

O projeto de implantação das escolas cívico-militares irá priorizar as unidades com índices de rendimento escolar inferiores à média estadual, índices de vulnerabilidade social e índice de fluxo escolar — tais quais aprovação, reprovação e abandono escolar.

O programa também deve ser implantado em unidades escolares novas do Estado. Além disso, os municípios também poderão aderir à iniciativa do governo paulista.

“O objetivo do modelo é o desenvolvimento de um ambiente escolar que promova avanço no processo de ensino-aprendizagem”, informou a Secretaria de Educação de São Paulo. “A gestão de excelência dos processos educacionais, pedagógicos e administrativos e o fortalecimento de valores humanos e cívicos.”

Boulos participa de primeiro evento depois de ser multado

Foi o primeiro evento de ambos os políticos juntos desde que Lula e Boulos foram multados por propaganda eleitoral antecipada. Hoje, o petista evitou pedir votos.

A decisão foi do juiz Paulo Sorci, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, em decorrência de um discurso de Lula no evento do 1º de Maio. Na ocasião, o petista pediu votos para Boulos na disputa pela prefeitura de São Paulo.

“Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 89, em 94, em 98, em 2006, em 2010, em 2018… 2022, tem de votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse o presidente, na ocasião.

O juiz Paulo Sorci condenou Lula a pagar R$ 20 mil e Boulos a R$ 15 mil. Sorci afirmou que houve “inquestionável prática do ilícito eleitoral” e “pedido explícito” de voto, ao destacar que Boulos foi beneficiado diretamente e não tentou amenizar a fala de Lula.

Lula e Boulos informaram que vão recorrer da decisão judicial. A propaganda eleitoral será permitida somente depois de o dia 16 de agosto, quando as candidaturas forem registradas na Justiça Eleitoral.

Quem é o coronel Mello Araújo

Estreante na política, o coronel Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo (PL) destacou sua experiência como Policial Militar (PM) para ser vice-prefeito de São Paulo. Ao programa Oeste Sem Filtro, em 21 de junho, o oficial concedeu sua primeira entrevista depois de ser confirmado pré-candidato para compor a chapa do atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB).

Durante a entrevista, o ex-oficial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) lembrou do tempo que esteve à frente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Como mostrou Oeste, a empresa reverteu uma série de prejuízos a passou a ter lucro durante a gestão de Mello Araújo.

“Essa bagagem que a gente carrega como policial prepara a gente para as mais difíceis missões”, disse Mello Araújo. “E a Ceagesp também foi a coroação, onde falei: ‘Não tem jeito’. Pegar uma empresa falida, que não tinha dinheiro para pagar salário de funcionário, demos um jeito. Agora é uma missão diferente, mas me sinto preparado para ela.”

Mello Araújo também comentou a sua escolha como pré-candidato a vice-prefeito. Ele é o indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro para compor a chapa com Nunes. A indicação foi noticiada com exclusividade por Oeste, em fevereiro. O coronel destacou que a escolha ocorreu de forma democrática e que se sente honrado.

“Me sinto bem à vontade”, disse Mello Araújo. “Me sinto preparado. A polícia nos prepara para as mais difíceis missões. Hoje, um policial, para lidar com uma população bem diversificada, tem de ter todo o jogo de cintura, paciência para lidar com pessoas educadas, algumas mais mal-educadas. E acho que a vida vai preparando a gente.”



Via Revista Oeste

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