O deputado federal Guilherme Boulos (Psol) defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quinta-feira 2, das críticas sobre o pedido de voto por parte do chefe do Executivo. O ilícito eleitoral ocorreu durante um ato em comemoração ao 1° de maio, Dia do Trabalhador.
Boulos afirmou que Lula apenas expressou seu “desejo de voto”, e disse que o apoio do petista a sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo “não é segredo”.
“O presidente Lula fez uma fala no evento das centrais sindicais, não era um evento oficial do governo federal, expressando o desejo de voto dele, o posicionamento político dele nas eleições que não é segredo para nenhum de vocês”, disse Boulos a jornalistas depois de um encontro com estudantes.
A fala culminou em ações judiciais de pré-candidatos como Kim Kataguiri (União) e Marina Helena (Novo). No entanto, Boulos direcionou as falas ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), que também acionou a Justiça.
“Eu fico estarrecido com a cara de pau do prefeito Ricardo Nunes. Ele está usando a máquina pública há um ano para fazer campanha eleitoral”, acrescentou.
O pré-candidato também acusou Nunes de utilizar inaugurações do governo do estado para fazer críticas a sua candidatura, mesmo quando os eventos não estão relacionados à campanha política.
Vídeo foi removido depois de decisão da Justiça
O presidente Lula removeu a gravação do ato em prol do Dia do Trabalhador de seu perfil oficial no YouTube na quinta-feira 2, depois de decisão judicial.
O juiz eleitoral Paulo Eduardo de Almeida Sorci, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, tinha dado 48 horas para que o YouTube e Lula apagassem o vídeo da plataforma. Em caso de descumprimento, ambos seriam multados.
A lei eleitoral restringe a propaganda antecipada na pré-campanha. A propaganda eleitoral é permitida apenas depois de 16 de agosto, quando as candidaturas já estiverem registradas na Justiça Eleitoral.