O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol) afirmou, nesta quarta-feira, 7, que a Venezuela não é seu “modelo de democracia”.
De acordo com o psolista, as exigências por mais transparência na eleição venezuelana são justas. “Se ficar comprovado que houve fraude e o governo fraudulento permanecer, não haverá mais democracia lá”, afirmou Boulos, em sabatina ao g1.
O deputado se esquivou das perguntas sobre a Venezuela ao afirmar que o país bolivariano “está a mais de 4 mil km” de distância. Segundo ele, há “assuntos mais urgentes” para tratar na cidade de São Paulo.
Boulos critica Ricardo Nunes
Ele aproveitou a ocasião para criticar o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Para Boulos, o chefe do Executivo municipal promoveu a “milicianização” da Guarda Municipal e envolveu o crime organizado nos contratos da prefeitura.
Para o psolista, essas atitudes são ameaças mais sérias à “democracia” em São Paulo do que os debates internacionais.
Ao ser interpelado sobre os diferentes posicionamentos do Psol e do PT em relação ao pleito da Venezuela, Boulos disse que ajudou a construir a nota de seu partido. O texto assinado pelo Psol pede mais transparência na eleição venezuelana.
Psolista explicou a nota de seu partido sobre a eleição na Venezuela
Ainda de acordo com Boulos, o comunicado se baseou no posicionamento do governo federal, “para além das posições partidárias” do PT.
O governo brasileiro, ao lado da Colômbia e do México, lançou uma nota em que pede “cautela aos atores políticos” e a divulgação dos dados da eleição. O ditador Maduro elogiou a nota conjunta, divulgada na quinta-feira 1º.