A campanha de Guilherme Boulos (Psol) acionou a Justiça contra dez integrantes da chamada “rede de cortes” de Pablo Marçal (PRTB), que estariam disseminando vídeos com “fake news” a respeito do deputado federal nas redes sociais.
Os vídeos associam Guilherme Boulos ao consumo de cocaína, acusação levantada por Pablo Marçal.
O departamento jurídico do psolista acionou individualmente os responsáveis pelos perfis nas esferas cível, eleitoral e criminal, para acusá-los de obter retorno financeiro com a postagem dos conteúdos.
“A democracia brasileira não pode tolerar esse tipo de procedimento imoral e ilegal que é a indústria das fake news“, diz Francisco Almeida Prado Filho, advogado da campanha do psolista. “Estamos monitorando diuturnamente as fake news que estão sendo criadas pelas redes dos candidatos bolsonaristas e vamos seguir trabalhando com firmeza para coibir sua circulação.”
A campanha de Marçal já foi obrigada a veicular sete direitos de resposta concedidos a Boulos. No começo do mês, o TRE multou o ex-coach em R$ 10 mil por associar Boulos ao uso de drogas.
De todas as ações na Justiça Eleitoral de São Paulo, 57% delas é contra a campanha do candidato do PRTB. A maioria dos processos se refere à veiculação irregular de propaganda eleitoral.
‘Rede de cortes’ de Pablo Marçal causou o bloqueio de suas contas nas redes sociais
As redes sociais de Pablo Marçal foram derrubadas por decisão do juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz no fim de agosto. Foram desativadas as contas no Instagram, TikTok, Twitter/X, YouTube e o site de Marçal.
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Zorz se baseia no argumento de que Marçal promove um “campeonato” entre seus apoiadores, em que sugere premiações para aqueles que conseguirem produzir mais cortes e conteúdos sobre o candidato e sua campanha.
Numa live no Instagram, Pablo Marçal chamou a decisão de “sem pé nem cabeça”. “Eles vão derrubar tudo, todas as minhas redes”, disse o candidato na transmissão.