domingo, janeiro 19, 2025
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Bolsonaro diz que vai processar Haddad por acusação no caso Pix

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste sábado, 18, que vai processar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o acusou de estar por trás da crise relacionada à medida do Pix, da Receita Federal.

A portaria, já revogada pelo Fisco, visava ao aumento da fiscalização sobre as transações via Pix e outras modalidades financeiras.

“Vou processar o Haddad”, afirmou Bolsonaro, durante um encontro com jornalistas no Aeroporto de Brasília. “Ele não tem o que fazer, sempre me acusa de alguma coisa.”

Bolsonaro foi até o local acompanhar a mulher, Michelle Bolsonaro, que embarcou aos Estados Unidos para a posse do presidente eleito Donald Trump. O evento ao qual Bolsonaro foi impedido de comparecer, por ordens do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, conta com transmissão ao vivo de Oeste, na segunda-feira 20, a partir das 13h (de Brasília).

Em seguida, o ex-presidente lembrou de outras acusações de Haddad. “Ele falou, inclusive, que comprei 101 imóveis sem origem de dinheiro”, disse. “Pegou meia dúzia de familiares meus do Vale do Ribeira. O que essa meia dúzia de Bolsonaro compraram, de 1990 para cá, está pago em moeda nacional corrente. Natural. Naquela época comprava-se até em dólar.”

A acusação de Fernando Haddad

Bolsonaro também criticou o governo Lula e comparou o petista a um “bebum dirigindo um carro”. “Não pode dar certo”, observou.

Em entrevista à CNN Brasil, Haddad disse que a família de Bolsonaro estava sendo investigada pelo caso do Pix e sugeriu que o ex-presidente poderia ter ligação indireta com a crise.

Fernando Haddad
O ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda mencionou que o PL, partido de Bolsonaro, financiou um vídeo crítico à medida. O material teria sido realizado por Duda Lima, marqueteiro da campanha de reeleição de Bolsonaro.

Em divulgação nas redes do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o vídeo que antecedeu a desistência da Receita Federal teve mais de 300 milhões de visualizações. Ferreira criticou o governo por se concentrar em arrecadar dinheiro sem oferecer contrapartidas à população e mencionou uma “quebra de sigilo mascarada de transparência”.

Alegações complementares de Bolsonaro

Bolsonaro também comparou Haddad a seu ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, e concluiu que o governo atual não tem condições de sucesso. O ex-presidente rebateu as alegações do petista sobre a compra dos 101 imóveis pela família Bolsonaro.

A imprensa tradicional e o governo federal insistiram na tese de que supostas fake news inviabilizaram a continuidade da portaria da Receita Federal. Apesar disso, a pressão pública ocorreu depois de uma percepção negativa em relação aos monitoramentos financeiros.



Via Revista Oeste

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