O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou os ambientalistas por não cobrarem ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as queimadas no Brasil. A cobrança ocorreu nesta segunda-feira, 24.
Bolsonaro usou o termo “eCUlogistas” em seu perfil no Twitter/X. Na publicação, ele compartilhou a captura de tela de uma notícia de Oeste sobre o aumento dos focos de incêndios no Rio de Janeiro.
“Pelo jeito os ‘doutô’ e os ‘eCUlogistas’ [sic] só vão exigir providências e explicações aos CUmpanheiros [sic] quando a floresta virar pó e então vão cheirá-la toda”, escreveu o ex-presidente. “O que não está longe de acontecer.”
A reportagem de Oeste, compartilhada por Bolsonaro, informa que o número de focos de incêndios na Mata Atlântica do Rio de Janeiro aumentou 440%, neste ano. O maior número de queimadas no Estado aconteceu em junho.
Leia também:
Número de queimadas na Mata Atlântica aumentou 47,7%
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que os números incêndios na Mata Atlântica aumentaram 47,7%, de janeiro a 23 de junho de 2024, comparado ao mesmo período de 2023. Em números, os focos de incêndio subiram de 2.536 para 3.746.
No Pantanal, o aumento foi ainda mais significativo. As queimadas cresceram 1.853% no mesmo período, e passou de 167 focos, em 2023, para 3.262, em 2024.
Durante a sua gestão, Bolsonaro foi alvo de críticas por causa das queimadas. Seus apoiadores, agora, pressionam organizações não governamentais e figuras públicas a cobrarem o mesmo do governo Lula.
E mais: “Não foi o aquecimento global”, por Myllena Valença