Os bolsonaristas evitaram entrar em confronto aberto com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) após o evento nesta sexta-feira (02), no qual o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) trocou afagos com o chefe do executivo paulista em Santos.
Em caráter reservado, aliados e deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamaram do evento no qual foi anunciada uma parceria do governo paulista com o governo federal para a construção de um túnel submerso que vai ligar Santos e Guarujá.
A leitura é que Tarcísio está atuando pelo projeto individual de poder que não representa a direita “raiz”, mas neste momento o ex-presidente não ganharia nada rompendo com o pupilo.
Em outros momentos, como na reforma tributária, Bolsonaro fez críticas públicas ao governador paulista.
Dessa vez, contudo, o ex-presidente ficou em silêncio, pelo menos até o momento.
“Tarcísio está certo em falar com o presidente e está fazendo a parte dele como governador. Ele está sendo profissional e defendendo algo importante para São Paulo, mas eu não teria esse estômago”, disse a deputada Carla Zambelli (PL-SP) à CNN.
De maneira reservada, integrantes do PL mais próximos de Bolsonaro também minimizaram a foto registrada durante encontro entre Tarcísio e Lula nesta semana, no Palácio do Planalto.
Apesar das críticas da militância bolsonarista, especialmente nas redes sociais, aliados do ex-presidente avaliam a exposição pública do governador de SP como um “ato litúrgico” do cargo.
Além disso, compartilham o entendimento de que o investimento bilionário na baixada santista pode fortalecer a imagem de Tarcísio como gestor, o que o beneficiaria politicamente para a disputa eleitoral de 2026.
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