Batizado em homenagem ao ex-astronauta da NASA John Glenn, o primeiro americano a orbitar a Terra, o foguete New Glenn, novo veículo lançador da Blue Origin, acaba de ter os dois estágios unidos pela primeira vez.
O marco, que ocorreu no Complexo de Lançamento 36 (LC-36) na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, foi divulgado pela empresa no X (antigo Twitter) nesta segunda-feira (22).
“O primeiro e o segundo estágios do veículo de teste do New Glenn conectados pela primeira vez, permitindo-nos exercitar nossas ferramentas e interfaces de estágios em preparação para nosso primeiro lançamento no final deste ano”, diz a publicação.
Novo foguete da Blue Origin será reutilizável
O foguete New Glenn de dois estágios terá 98 metros de altura e será capaz de transportar até 50 toneladas para a órbita baixa da Terra. Isso é cerca de duas vezes a capacidade de carga útil do foguete Falcon 9, da SpaceX.
Assim como acontece com o Falcon 9, o primeiro estágio do New Glenn foi projetado para ser reutilizável. O propulsor será alimentado por sete dos motores BE-4 da Blue Origin, que voaram pela primeira vez no início deste mês no voo de estreia do novo foguete Vulcan Centaur, da United Launch Alliance (ULA).
Embora a carga útil daquela missão – o módulo lunar Peregrine, da Astrobotic – tenha enfrentado problemas próprios no espaço profundo e acabou caindo de volta à Terra, o lançamento, em si, foi um sucesso.
Em desenvolvimento há mais de 20 anos, o foguete New Glenn estava originalmente previsto para ser lançado pela primeira vez em 2020, mas a estreia foi adiada várias vezes, pelos mais diversos motivos.
Se nenhum outro imprevisto modificar os planos, o primeiro voo do novo veículo espacial da Blue Origin será em agosto, lançando a missão EscaPADE (sigla em inglês para algo como “Exploradores de Aceleração e Dinâmica de Escape e Plasma”), da NASA, que tem o objetivo de estudar a magnetosfera de Marte.