A administração do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, retirou nesta quinta-feira, 16, o Instituto de Ciência Forense Chinês de uma lista de sanções comerciais. O gesto visa a convencer a China “a fazer mais” para interromper o fluxo do opioide sintético fentanil para os EUA.
A inserção do instituto na lista, em 2020, se deu por causa de supostos abusos contra uigures e outros grupos minoritários. A sanção impedia a instituição de receber a maioria dos bens de fornecedores norte-americanos.
O Instituto de Ciência Forense Chinês faz parte do Ministério de Segurança Pública do país. O ex-embaixador da China nos EUA, Qin Gang, descreveu, no ano passado, como “chocante” o fato de sancionarem um instituto que ele descreveu como “essencial”.
Na última quarta-feira, 15, Biden teve uma reunião com o presidente da China, Xi Jinping, buscando ter uma maior cooperação do país asiático na questão da droga. A reunião ocorreu em São Francisco, no Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).
Como parte da reunião, foi acordaro que se criaria um grupo de trabalho de cooperação no combate às drogas.
Ativistas reprovam remoção do instituto por Biden
A decisão foi criticada por ativistas de direitos humanos e republicanos, que acusaram a administração Biden de ser conivente com o tratamento que o governo chinês dá aos uigures.
Bloquear os produtos químicos “precursores” do fentanil tem sido uma prioridade para Washington. As mortes por overdose envolvendo a droga mais que triplicaram de 2016 a 2021, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA.
“Biden e a bandeira do orgulho gay”, artigo de Frank Furedi publicado na Edição 118 da Revista Oeste
A remoção, de acordo com um aviso publicado no Federal Register, ocorreu depois do recebimento e revisão de uma “proposta de remoção”.
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