A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou, nesta quarta-feira, 3, que é contra a realização de cirurgias de mudança de sexo em menores de idade. Essa decisão representa uma mudança significativa em relação às políticas anteriores.
Em 2020, por exemplo, Biden afirmou que “a ideia de uma criança de 8 ou 10 anos decidir se quer ser transgênero não deveria ser discriminada”.
Dois anos depois, a secretária-assistente de saúde do governo Biden, Rachel Levine, disse que o governo norte-americano daria às crianças “a possibilidade de terem acesso a bloqueadores de puberdade e cirurgia de mudança de sexo”.
Em março de 2022, Biden disse o seguinte aos pais das crianças que se identificam como transgêneros: “Afirmar a identidade de seu filho é uma das coisas mais poderosas que vocês podem fazer para mantê-lo seguro”.
Biden muda de ideia
Agora, em meio à campanha eleitoral à Presidência dos EUA, um porta-voz da Casa Branca informou ao jornal The Hill que o governo acredita que “as cirurgias devem ser reservadas somente para adultos”.
Nos Estados Unidos, a definição de menor de idade varia de acordo com o Estado ou território. Em geral, a maioridade se dá aos 18 anos, mas há exceções. Em Indiana e Mississippi, por exemplo, ela se dá é aos 21 anos. No Alabama, no Colorado, em Maryland e em Nebraska, a maioridade ocorre aos 19 anos de idade.
A mudança de postura por parte de Biden gerou críticas de grupos LGBT. Eles acusam o governo dos EUA de recuar em seu compromisso de apoiar a juventude trans no país.
Desde 2021, ao menos 25 Estados liderados por republicanos aprovaram leis que restringem o acesso de menores transgêneros a procedimentos médicos. Em alguns casos, essas restrições também se aplicam aos adultos. Biden é do Partido Democrata.