A decisão do presidente Joe Biden, dos Estados Unidos (EUA), de reter o envio de armas para Israel, depois da entrada israelense em Rafah, está, provavelmente, mais relacionada à campanha presidencial norte-americana do que à situação na Faixa de Gaza.
O descontentes criticaram Biden por ele apoiar a invasão de Israel a Gaza, depois dos atentados do grupo terrorista Hamas em Israel, no dia 7 de outubro. Segundo uma série de pesquisas publicadas nesta segunda-feira, 13, pelo jornal The New York Times, Donald Trump venceria as eleições dos Estados Unidos em cinco dos seis Estados considerados decisivos nas eleições de 5 de novembro,
“Muitos jovens estão se mostrando céticos em relação à aliança de Biden com Israel”, afirmou a professora a Oeste. “As manifestações são uma demonstração disso, e a campanha de Biden já percebeu que há a chance de muitos destes jovens não irem votar, o que fortaleceria a candidatura de Donald Trump.”
Neste contexto, a entrada das Forças de Defesa de Israel (FDI) em Rafah, necessária na visão do governo israelense, serviu como um pretexto para Biden tentar recuperar a confiança de parte do eleitorado jovem ou democrata.
Evacuação de refugiados em Rafah
Até a madrugada deste domingo, 12, cerca de 300 mil palestinos já fugiram de Rafah, segundo a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).