Djonga, Filipe Ret e as irmãs Tasha & Tracie são os artistas que integram o júri de Nova Cena, primeiro reality musical brasileiro da Netflix que chega ao catálogo do streaming nesta terça-feira (12).
Ao longo dos quatro primeiros episódios, o público se debruça sobre a história de 18 participantes em busca de um único sonho: se consagrar como o novo nome de destaque na cena do rap nacional.
Entre batalhas, feats, apresentações individuais e gravações de videoclipes, quem se sair melhor levará para casa o prêmio de R$ 500 mil, além de uma participação especial na série “Sintonia”.
À CNN, Djonga abre o jogo sobre assumir a responsabilidade julgar e tomar decisões que, de uma forma ou outra, podem mudar os rumos na vida daqueles músicos.
“Lá, a gente está julgando em lugar diferente, onde a nossa decisão pode fazer com que a pessoa dê um salto, mude de vida e fale: ‘era isso que eu precisa ouvir’, ou a gente pode falar algo em que a intepretação vai ser errada ou ainda a gente pode falar alguma coisa e fazer com que a pessoa dê um passo para trás”, explica.
Segundo o rapper, indo além da maturidade, se faz necessário entender o cenário. “É preciso pensar que a gente mora no Brasil, um país do analfabetismo funcional, da desigualdade, da pobreza e, ao mesmo tempo, um país da arte, de muito critério para se fazer cultura”, conta.
“A gente sabe que o desespero de querer fazer dar certo pode levar para esse lugar – seja de entender muito mal essa crítica ou de entender muito bem. O desafio foi deixar o coração falar porque isso também é importante. Arte precisa falar com o coração da gente, mas precisamos encontrar critérios justos”, acrescenta.
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Voz de hits como “Neurótico de Guerra”, Ret, como é conhecido entre o público, também lembrou que o programa chega como uma boa oportunidade para o movimento conquistar outros espaços e novos olhares.
“O hip hop tem essa preocupação desde o nascimento, trazer essa energia das ruas, da juventude, que poderia estar sendo usada para o mal, para o crime, sendo colocada de forma artística, no grafite, na musicalidade do DJ, no breakdance. A ideia é transformar essa energia em arte“, garante.
“A gente está no programa cultuando esse movimento que está de perdendo. A gente tem muito o rap, o trap, a música, mas os outros elementos do hip hop, como a moda e a dança… estão se perdendo. Somos uma ponta privilegiada, mas, a partir do momento que as pessoas vão adquirindo novos acessos, conhecendo outros artistas, entendem um pouco mais dessa cultura que salva vidas“, afirma.
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