sábado, novembro 23, 2024
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Basta de abuso e politização no STF, defende jornalista do Estadão

Em sua coluna de opinião no jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira, 29, o jornalista Carlos Alberto Di Franco fez uma análise da atuação do no Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu um “basta no abuso e politização” de seus integrantes. O colunista garante que já existe “fundamento suficiente” para um processo de impeachment de magistrados.

Di Franco enumera alguns “deslizes” dos ministros do STF: falar fora dos autos, assumir posições políticas e até mesmo partidárias, disputar espaço com celebridades, dar entrevistas sobre os temas mais variados e participar de encontros “à base de bons vinhos e pouca prudência republicana”. “Isso mostra que algo não vai bem com a nossa democracia”, observou.

O jornalista também se disse impressionado com o que viu no relatório parcial do Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos sobre o Twitter/X. O documento revelou a suspensão, sob “justificativas grosseiras”, de 150 perfis da rede social.

“É claro o avanço inconstitucional da censura no Brasil e os reiterados abusos praticados por ordem do ministro Alexandre de Moraes”, criticou Di Franco. “Não é precipitado afirmar que estamos diante de uma ação política”.

Ditadura do judiciário

alexandre de moraes
Ministro do STF, Alexandre de Moraes, durante sessão plenária – 17/04/2024 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Para o colunista, “o Brasil é um país que caminha aceleradamente para uma ditadura do Judiciário”. “Pressionar funcionários de uma empresa [Twitter/X] a praticar censura – apoiando-se ilegalmente no expediente do segredo de Justiça – é, por si só, fundamento suficiente para um processo de impeachment”, avaliou.

Ainda no texto, o colunista aponta para outro problema. Segundo ele, o “avanço de atos abusivos” no Judiciário e a gravidade das últimas denúncias aumentam a pressão contra o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem mostrado “omissão” diante desse cenário. 

“Esperemos que o ministro Moraes, por iniciativa própria ou pressionado por seus pares, repense suas atitudes; o STF não é dono do país”.

Via Revista Oeste

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