Os antigos romanos impressionam por suas diversas capacidades. Além de serem exímios construtores, eles também tinham um grande conhecimento sobre saúde pública. É isso o que indica uma nova pesquisa que analisou as famosas termas da era romana, locais destinados aos banhos públicos.
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Micróbios encontrados nos banhos romanos foram analisados
- Pesquisadores analisaram os banhos romanos da cidade inglesa de Bath.
- Após isolar cerca de 300 micróbios diferentes que vivem dentro das piscinas antigas, os autores do estudo descobriram que 15 deles são capazes de inibir alguns dos patógenos mais preocupantes do mundo.
- Esta pode ser uma importante descoberta sobre a resistência antimicrobiana, que causa cerca de 1,27 milhão de mortes por ano em todo o mundo.
- O trabalho foi publicado na revista The Microbe.
Capacidade de combater patógenos
Os cientistas decidiram analisar as comunidades microbianas presentes na água, biofilme e sedimentos em pontos críticos dentro do complexo da era romana, incluindo a Fonte do Rei, onde as águas atingem cerca de 45 °C, e o Grande Banho, que tem uma temperatura de cerca de 30 °C.
No geral, os pesquisadores conseguiram isolar 297 tipos distintos de bactérias, incluindo inúmeras variedades de Actinobacteria e Myxococcota, ambas conhecidas por sua produção de antibióticos. A triagem inicial revelou que 92 destes apresentaram níveis variados de atividade contra os patógenos E. coli e Staphylococcus aureus.
Esses candidatos promissores foram então testados contra as seis bactérias restantes que compõem os patógenos ESKAPE, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que necessitam urgentemente de novos tratamentos com antibióticos. No total, 15 dos micróbios isolados obtidos nas Termas romanas apresentaram “atividade de amplo espectro” contra três ou mais desses patógenos.
Os cientistas afirmam que os banhos romanos são famosos na história por propriedades medicinais. Agora, graças ao novo estudo, pode-se comprovar que os espaços eram, de fato, benéficos à saúde.