Os grandes bancos de capital aberto tendem a crescer no segundo semestre. Contudo, as tendências de qualidade dos ativos variam entre as instituições.
A aceleração da carteira de crédito, que é o somatório do saldo devedor dos empréstimos e financiamentos realizados pelo banco, aproxima as instituições bancárias das projeções anuais.
Analistas da empresa de serviços financeiros J.P. Morgan observam que o crédito tem crescido gradualmente. Isso faz com que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) eleve sua previsão de expansão para 10% em 2024. A projeção anterior era de 9,3%.
Depois de meses de melhora, os índices de inadimplência parecem controlados, especialmente em pequenas e médias empresas.
De acordo com o jornal Valor Econômico, o Banco do Brasil (BB) deve registrar um lucro de cerca de R$ 9,17 bilhões, o que representa uma queda de 1,4%, em relação ao primeiro trimestre. Entretanto, se comparado ao mesmo período de 2023, o BB apresenta um aumento de 4,4%.
O J.P. Morgan destaca a importância da contribuição do Banco Patagonia, subsidiária do Banco do Brasil.
Crescimento dos bancos
O Santander CIB, frente voltada para investimentos de alto valor, prevê que o crescimento do crédito no Bradesco deve acelerar no segundo trimestre, mas com aumento na provisão para devedores duvidosos.
A inadimplência tende a melhorar, apesar das dificuldades no segmento de pequenas e médias empresas, conforme analistas.
“O Banco do Brasil pode continuar se beneficiando do Banco Patagonia, com a margem financeira acima da faixa do ‘guidance‘, embora parcialmente compensada por provisões”, afirma uma das principais empresas globais de banco de investimento, a Goldman Sachs.
A XP, por sua vez, ressalta que as provisões devem permanecer sob pressão, mesmo com uma taxa de inadimplência estável. “Se o banco não conseguir reduzir efetivamente o nível de provisões, existe a possibilidade de uma revisão para cima da orientação”, declara.
O Santander deve registrar um lucro de cerca de R$ 3,24 bilhões, um avanço de 7,3% no trimestre e de 40,3% na comparação anual.
A Genial afirma que, depois de um desempenho superior às expectativas nos primeiros três meses do ano, o banco deve continuar a mostrar sinais de recuperação da rentabilidade no segundo trimestre.