O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou a importância da autonomia na condução da política monetária do país. Ele falou sobre o assunto ao receber, nesta quarta-feira, 12, em Londres, o prêmio “Banco Central do Ano”, conferido pelo portal de notícias Central Banking.
“Um banco central independente pode entregar melhor trabalho à sociedade”, disse Campos Neto. O executivo tinha um discurso preparado, mas preferiu falar de improviso e brevemente, dado que já estava muito tarde.
Segundo Campos Neto, a premiação é o reconhecimento de uma série de esforços de uma instituição ainda “muito jovem” em termos de autonomia. Nesse sentido, ele repetiu que o BC promoveu a maior alta de juros em um ano de eleição no Brasil, referindo-se a 2022.
Quando a inflação voltou a subir depois da pandemia de covid-19, lembrou o presidente do Banco Central, a autoridade monetária começou a subir os juros muito cedo.
Desde então, repetiu Campos Neto, o BC tem procurado derrubar a inflação com o mínimo de custo à sociedade. Depois de elencar entregas e projetos da agenda de inovação, como o Pix, o Open Finance e a moeda digital, ele parabenizou todas as pessoas que trabalham no Banco Central. “Este prêmio é de todos.”
Antes de Campos Neto subir ao palco para receber a premiação, o apresentador da cerimônia destacou a linha técnica seguida pelo BC desde a autonomia, a atuação na pandemia, quando a autoridade monetária do país reduziu os juros a 2%, e a agenda de inovação.
Últimos meses de Campos Neto à frente do Banco Central
Roberto Campos Neto está a seis meses de se despedir da presidência do Banco Central do Brasil. O mandato dele chegará ao fim em dezembro deste ano. Com a saída dele, caberá ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, indicar o sucessor — mas o nome vai precisar contar com o aval do Senado.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado