terça-feira, janeiro 7, 2025
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Banco Central da Argentina amplia reservas com US$ 1 bi

O Banco Central da Argentina (BCRA) anunciou um acordo com cinco bancos internacionais para uma operação financeira que envolve a recompra de títulos no valor de US$ 1 bilhão, com um prazo de dois anos.

No primeiro leilão da operação, a demanda foi quase três vezes maior que o valor ofertado e atingiu US$ 2,85 bilhões. Diante do forte interesse e da melhora nas reservas internacionais do país, o BCRA decidiu manter o limite inicialmente previsto.

O interesse de grandes bancos internacionais no processo é visto como um passo positivo para a reabertura da Argentina ao mercado global de crédito. Além disso, o país tem apresentado sinais de melhora na economia, refletidos na redução do risco-país.

Para a transação, o BCRA pagará uma taxa de juros anual de 8,8%, baseada em índices do mercado financeiro internacional. A operação permite ao Banco Central administrar melhor seus recursos em dólares, reduzir custos e garantir mais estabilidade no câmbio.

Com a nova ferramenta, o BCRA ganha flexibilidade para equilibrar a oferta e a demanda por moeda estrangeira, o que ajuda a conter oscilações no mercado e contribui para a previsibilidade da economia.

A estratégia do Banco Central argentino ajuda a normalizar pagamentos do comércio exterior, o que evita interrupções na produção e impactos negativos nos preços. Além disso, ao contrário de crises anteriores, o fortalecimento das reservas permite que o país cumpra suas obrigações financeiras, tanto do setor público quanto privado.

“O BCRA continua trabalhando para ampliar as opções que fortaleçam seu balanço”, diz o Banco Central argentino, em nota. “Ao mesmo tempo em que busca recuperar e preservar as condições externas e internas de equilíbrio macroeconômico.”

Banco Central da Argentina busca reduzir ainda mais a inflação em 2025

Durante 2025, o BCRA manterá o foco no combate à inflação e na estabilidade econômica. A instituição aposta na redução da quantidade de pesos em circulação e no controle da emissão de dinheiro pelo governo para conter a alta de preços.

Além disso, pretende flexibilizar as regras para que transações comerciais possam ser feitas em qualquer moeda escolhida pelas partes, através do incentivo à concorrência entre moedas. As informações foram publicadas pelo órgão no fim de 2024, em seu planejamento anual.

No câmbio, à medida que a inflação cair, o governo poderá diminuir o ritmo da desvalorização do peso e, eventualmente, adotar um sistema mais flexível para o dólar. Com uma economia mais equilibrada e o superávit fiscal consolidado, a Argentina espera reduzir o risco-país e voltar a ter acesso ao mercado internacional de crédito para refinanciar suas dívidas.

O BCRA também planeja reforçar suas reservas internacionais e eliminar os atuais controles cambiais e de capitais. A longo prazo, a ideia é unificar o mercado de câmbio e permitir que o peso e o dólar coexistam sem restrições. Para acelerar o processo, o governo pode buscar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional ou com investidores privados.

Outra meta para 2025 será o crescimento do crédito ao setor privado. Com a inflação em desaceleração e a economia em crescimento, espera-se um aumento no volume de empréstimos para empresas e consumidores. O Banco Central da Argentina seguirá empenhado em adequar suas regras para garantir a estabilidade financeira e adaptar o sistema bancário argentino aos padrões internacionais.

Via Revista Oeste

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