O Banco Central (BC) anunciou na quinta-feira 29, que vai realizar um leilão de venda de dólares à vista nesta sexta-feira, 30, com valor máximo de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,4 bilhões). Esta será a segunda intervenção no câmbio durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O dólar fechou o dia ontem em alta de 1,18%, a R$ 5,621, impulsionado por dados econômicos dos Estados Unidos que sugerem um afrouxamento gradual na taxa de juros norte-americana. A moeda também subiu ante outras divisas de mercados emergentes.
Detalhes do leilão de venda de dólares pelo Banco Central
De acordo com o Banco Central, cada intermediário poderá enviar até três propostas. É necessário especificar o volume que deseja e o diferencial que pretende adicionar ou subtrair da taxa de câmbio de venda da Ptax do dia do leilão.
A Ptax é uma taxa de câmbio de referência do real por dólares norte-americanos mais utilizada no mercado cambial brasileiro. Seu cálculo é feito com base nas cotações do mercado à vista e serve de referência para a liquidação de contratos futuros. Incertezas no cenário doméstico e internacional podem influenciar a cotação do dólar.
Injeção de reservas internacionais
Ao vender dólares no mercado à vista, o Banco Central injeta reservas internacionais no mercado sem compromisso de recompra. Essa era uma prática comum no governo de Fernando Henrique Cardoso durante o regime de câmbio fixo.
Intervenções anteriores do Banco Central
Em abril, na primeira intervenção sob o governo Lula, o Banco Central realizou um leilão adicional de 20 mil contratos de swap cambial tradicional no mercado futuro, totalizando US$ 1 bilhão.
Em 2023, o Banco Central não realizou leilões extras de dólar devido à baixa volatilidade do real e ao forte fluxo comercial.
Com informações da Folha de S.Paulo.