Elegante, contemporâneo, muito bem localizado e serviço excepcional já resumiriam bem um dos principais hotéis de Brasília, mas a verdade é que o B Hotel é um belíssimo presente de arte e arquitetura para a cidade.
Projetado pelo arquiteto Isay Weinfeld, o B Hotel abriu as portas em 2018 e rapidamente se tornou o mais concorrido da Capital Federal. Seus 302 apartamentos vivem lotados de executivos e turistas que buscam uma hospedagem que misture opções gastronômicas, conforto, ótimo atendimento e uma pitada de badalação.
O prédio tem arquitetura marcante e se tornou mais um cartão postal de Brasília, formada por vãos livres, pilotis e cobogós, e com uma belíssima curadoria mobiliária que priorizou designers e artistas nacionais como Jorge Zalszupin, José Zanine Caldas, Jader Almeida, Lina Bo Bardi e Betty Bettiol.
O lobby da recepção, bar e restaurante são integrados, criando uma viva e convidativa atmosfera. Vale sentar no balcão do bar do lobby, pedir um dos drinques clássicos como o Fitzgerald (R$ 43), Whisky Sour (R$ 49) e Vesper Martini (R$ 51), ou algum coquetel autoral, como o refrescante Pomar, com vodca de pera, licor de flor de sabugueiro, uva verde, pepino e limão tahiti (R$ 47), ou o potente Tropicália, que leva Whisky Bourbon, brandy, licor de banana, angostura e absinto (R$ 43), e observar o vai-e-vem do público que adotou o local como um ponto não apenas de hospedagem, mas social da cidade. Tanto que as noites de segunda a quarta-feira são embaladas por shows de jazz, com artistas que dividem espaço com um piano de cauda Steinway.
Impossível não mencionar a icônica e muito fotogênica piscina no rooftop, onde está localizado o Bar 16. Aberto diariamente a partir das 17h para o público externo, esse espaço proporciona uma vista espetacular, especialmente durante o pôr do sol. Tive o prazer de apreciar esse momento acompanhado de um drinque elaborado com gin, abacaxi e rúcula. Recomendo reservar pelo menos um dia para desfrutar desse cenário; a experiência é completa com ótimos petiscos e uma coquetelaria de primeira qualidade. Vale a pena ficar de olho na programação do bar, que inclui festivais e festas que atraem turistas de todo o país.
A gastronomia é outro ponto forte do B. À frente dela está o chef Lênin Palhano, que segue os mesmos atributos do hotel na elaboração dos menus: minimalista e cosmopolita, que valoriza o Brasil e seus sabores, mas também incorpora influências de diversos cantos do mundo.
Sou do interior do Paraná, e trouxe na minha bagagem a inquietude de um chef detalhista que é apaixonado pelas diferentes gastronomias e temperos do mundo.
Lênin Palhano, chef do B Hotel
No restaurante do Térreo, o almoço oferece um buffet de saladas (R$110) com opções à la carte que são modificadas a cada quinze dias. Já no jantar, o menu é apenas à la carte com pratos que fazem referência a gastronomia tradicional, com influências franco-italianas misturadas com algumas apropriações de técnicas e ingredientes asiáticos, como: a costelinha de porco com molho missô, acompanhada de palmito pupunha (R$140) e o peito de pato na brasa com molho tucupi, batata-doce com cambuci, vinagrete e tempurá de vegetais (R$190).
Os menus assinados pelo chef são exclusivos do Hotel, mas, alguns dos pratos no Bar 16, são marcas registradas de Lenin e fazem parte de sua trajetória profissional, como: o Gnocchi bolonhesa com espuma de umami, tomatinhos assados e crocante de quinoa (R$ 70), o porquinho na couve (R$ 60) e o Nori Crocante (R$50).
Tanto no Térreo quanto no Bar 16, as sobremesas clássicas, como pavlova (R$40), rabanada (R$40), recebem ingredientes inusitados, como sorvete de tapioca e baunilha do cerrado e dividem espaço com receitas mais autorais, como o morango com saquê, manjericão, espuma de chocolate branco tostado e nuts de amêndoas e gergelim (R$45).
Um brinde ao B Hotel que me proporcionou uma hospedagem vibrante, moderna e saborosa!
B Hotel: SHN Q 5 BL J Lote L – Asa Norte, Brasília – DF, 70705-100 / Reservas: (61) 3962-2000
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