terça-feira, fevereiro 11, 2025
InícioDestaqueAviões com deportados dos EUA pousam na Venezuela

Aviões com deportados dos EUA pousam na Venezuela

Na noite desta segunda-feira, 10, a Venezuela, que enfrenta a maior diáspora entre os países da América Latina, concluiu a repatriação de imigrantes deportados dos Estados Unidos (EUA).

Em transporte dos primeiros venezuelanos sob acordo com o presidente Donald Trump, dois aviões da estatal Conviasa, que chegaram pela Base Aérea Biggs Army Airfield, no Texas, retornaram ao Aeroporto La Guaira.

Embora Caracas não tenha divulgado o número exato de deportados, as autoridades dos EUA informaram que alguns têm ligações com o grupo criminoso Tren de Aragua. Os Estados Unidos o classifica como uma organização terrorista.

O regime venezuelano, chefiado pelo ditador Nicolás Maduro, solicitou a autorização de pouso ao governo Trump para evitar o uso de aviões norte-americanos no transporte.

Desafios anteriores à deportação

Nicolás Maduro, ditador da Venezuela
Até recentemente, a Venezuela não aceitava deportados | Foto: RS/Fotos Publicas

Até recentemente, a Venezuela não aceitava deportados. A decisão criava dificuldades para os EUA e para o Panamá, que começou a deportar imigrantes que atravessavam a selva de Darién rumo ao território norte-americano.

Sem um acordo com Caracas, muitos venezuelanos seguiam para a Costa Rica e outros países até alcançar a fronteira do México com os EUA.

O regime de Maduro afirma que o fluxo migratório, que já levou cerca de 8 milhões de pessoas a deixarem o país, resulta das sanções econômicas e das campanhas de guerra psicológica contra a Venezuela. Assim, não admite que sua gestão seja a maior responsável pela diáspora.

O acordo de repatriação ocorreu durante a visita do enviado de Trump a Caracas, Richard Grenell. Ele também conseguiu a libertação de seis prisioneiros norte-americanos.

Tensões políticas entre EUA e Venezuela

donald trump; brics
Apesar do acordo, as tensões políticas entre os países persistem | Foto: Reuters/Elizabeth Frantz

Apesar do acordo, as tensões políticas entre os países persistem. O regime venezuelano, que expressou o desejo de manter uma “agenda zero” com Trump, criticou o secretário de Estado, Marco Rubio, a quem chamou de “delinquente internacional”.

Os imigrantes da Venezuela estão entre os principais alvos do plano de deportação em massa da Casa Branca. Recentemente, houve a suspensão das proteções temporárias para mais de 600 mil venezuelanos nos EUA.

O regime de Maduro impediu a maioria da diáspora de votar nas últimas eleições. O resultado foi que apenas 69 mil eleitores registrados no exterior conseguiram votar.



Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui