terça-feira, novembro 26, 2024
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Avião registra reentrada do satélite Salsa na atmosfera da Terra

Um avião conseguiu realizar um feito único ao registrar a primeira foto de um satélite reentrando na atmosfera da Terra.

O retorno do Salsa, lançado pela Agência Espacial Europeia (ESA) nos anos 2000, ocorreu a partir de uma órbita de alta velocidade, enquanto o objeto voava sobre o Oceano Pacífico.

Salsa, o primeiro dos satélites da ESA a reentrar na Terra

Nos anos 2000, a Agência Espacial Europeia (ESA) realizou o lançamento do Cluster: um conjunto de quatro satélites voando em formação tetraédrica na órbita terrestre.

A missão principal do Cluster é investigar como o Sol e a Terra interagem – ou, mais precisamente, como o vento solar afeta o planeta.

Para isso, os objetos ficariam um tempo entrando e saindo do campo magnético terrestre. “Eles transmitem informações mais detalhadas sobre como o vento solar afeta o nosso planeta em três dimensões”, descreve a agência, 

Ainda de acordo com explicação da ESA, o vento solar (que é o fluxo perpétuo de partículas subatômicas emitidas pelo Sol) “pode danificar satélites de comunicações e centrais elétricas na Terra”.

De acordo com a própria agência espacial, a missão Cluster teve um período de extensão.

Ilustração da missão Cluster, com os quatro satélites em formação tetraédrica. Crédito: ESA – CC BY-SA 3.0 IGO

Com uma vida operacional originalmente programada para ocorrer entre fevereiro de 2001 e janeiro de 2003.

A missão, no entanto, obteve resultados importantes e por isso passou por diversas extensões de data, culminando finalmente por encerrar sua vida útil em setembro de 2024 – duas décadas após o seu lançamento.

A marca de encerramento teve início com a reentrada dos satélites na atmosfera da Terra, que acontecerá um a um, começando pelo Salsa, que aterrissou no Oceano Pacífico em 8 de setembro.

Nos próximos dias, espera-se que os demais satélites também realizem a aterrissagem.
“Ao estudar como e quando o Salsa e os outros três satélites Cluster queimam na atmosfera, estamos a aprender muito sobre a ciência da reentrada, permitindo-nos, esperançosamente, aplicar a mesma abordagem a outros satélites quando estes chegarem ao fim das suas vidas”, explica o diretor de operações da ESA, Rolf Densing, em comunicado.

Via Olhar Digital

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