Um avião da Voepass Linhas Aéreas decolou do Aeroporto Regional do Vale do Aço, em Ipatinga, Minas Gerais, na tarde desta terça-feira, 10, mas precisou retornar depois de problemas técnicos. A aeronave estava a caminho do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Ninguém ficou ferido.
De acordo com a companhia aérea, reparos provisórios foram realizados em Ipatinga, o que permitiu à aeronave voar para São Paulo — mas sem passageiros. Depois da manutenção na capital paulista, o avião voltou à frota operacional da Voepass.
Em nota, a empresa afirmou que enviar aeronaves para manutenção é uma prática comum entre todas as companhias aéreas e que não realiza voos irregulares.
“Todos os passageiros do voo proveniente da cidade de Ipatinga (MG), com destino a São Paulo/Congonhas, foram atendidos dentro das normas”, declarou a Voepass.
O nome da Voepass voltou a circular na imprensa e nas redes sociais depois da tragédia aérea que resultou na morte de 62 pessoas, incluindo 58 passageiros e quatro tripulantes. O acidente aconteceu em 9 de agosto, em Vinhedo, no interior de São Paulo.
Na última sexta-feira, 6, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apresentou um relatório preliminar da investigação.
FAB divulga animação que mostra manobras de aeronave da Voepass que caiu em SP
Uma simulação em computação gráfica, divulgada pela Força Aérea Brasileira (FAB), detalha os momentos que antecederam a queda do ATR 72-500 da Voepass.
Produzida pelo Cenipa, com base nos dados da caixa-preta, a animação é parte da investigação preliminar das causas do acidente que matou 62 pessoas.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a simulação reproduziu de forma simplificada os alarmes e indicadores do painel dos pilotos antes da tragédia. No entanto, os instrumentos retratados no vídeo não abrangem todas as informações disponíveis para a tripulação no momento do acidente.
Os pilotos tinham conhecimento sobre a formação de gelo severo entre 12 mil pés (3,6 mil metros) e 21 mil pés (6,4 mil metros). A aeronave voava a 17 mil pés (5,1 mil metros), conforme determinado pelo plano de voo e as condições de aeronavegabilidade do equipamento.
A decolagem de Cascavel (PR) ocorreu às 11h58. Cerca de uma hora e 20 minutos depois, às 13h18, a tripulação comunicou ao comando aéreo de São Paulo que estava no ponto ideal para iniciar a descida. Um minuto depois, o controle aéreo informou que era necessário manter os 17 mil pés por causa do tráfego de outra aeronave abaixo.
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