O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira, 15, que a Autoridade Palestina apoia o terror contra Israel. A declaração foi em resposta ao seu Ministro da Defesa, Yoav Gallant, que disse que “não permitiria” a “governança civil ou militar em Gaza após o Hamas”.
Em sua crítica, Netanyahu indicou que não estava pronto para substituir o governo do “Hamastan”, termo usado pelos israelenses em combinação de Hamas com Afeganistão, por um governo “Fatahstan”, referindo-se à administração dominada pelo partido Fatah, do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, também em analogia com regime rígido e autoritário.
“Após o terrível massacre em 7 de outubro”, disse Netanyahu em resposta a Gallant, “ordenei a destruição do Hamas. Enquanto o Hamas permanecer intacto, nenhum outro partido assumirá a gestão dos assuntos civis em Gaza, certamente não a Autoridade Palestina. 80% dos palestinos na Judeia e Samaria apoiam o terrível massacre de 7 de outubro”, referindo-se à Cisjordânia.
O apoio da Cisjordânia
Os dados citados por Netanyahu foram baseados em uma pesquisa realizada em dezembro pelo Centro Palestino de Pesquisa de Políticas e Pesquisas. A análise mostrou que 82% dos palestinos na Cisjordânia apoiaram os massacres de 7 de outubro.
Em março, uma segunda pesquisa divulgada pela mesma organização mostrou que esse número havia caído para 71%.
“A Autoridade Palestina apoia o terror, educa para o terror, financia o terror”, disse Netanyahyu. “E assim, a primeira condição para preparar o terreno para outro partido é eliminar o Hamas, e fazê-lo sem desculpas”.