sábado, novembro 16, 2024
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Auroras boreais podem acontecer em locais fora do normal

O máximo solar já chegou e com ele podemos ter um grande espetáculo de auroras no céu. De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), em coletiva nesta terça-feira (15), é possível que com tempestades solares intensas, auroras boreais ocorram em locais não habituais.

Mas antes que você se anime, isso não significa que o fenômeno será visto no Brasil. Mesmo com a intensidade do Sol, estamos distantes demais dos polos para que as auroras apareceram por aqui (a boreal ocorre próxima ao Polo Norte, enquanto a austral ocorre no Polo Sul).

Mas, alguns locais da Europa (que ficam fora da região normalmente contemplada) e até partes da Argentina podem ver o fenômeno. “Ainda podemos conseguir alguns bons espetáculos nos próximos meses”, disse a cientistas Kelly Korreck, da NASA.

Representação artística da erupção solar X2.2 que disparou material em direção ao cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS). Créditos: Artsiom P – Shutterstock. Edição: Olhar Digital

Como as auroras acontecem?

As luzes do norte (aurora boreal) e do sul (aurora austral) ficam geralmente restritas a latitudes muito altas e muito baixas, respectivamente. Partículas de alta energia do Sol fluem em direção à Terra, guiadas pelo campo magnético solar. Elas são transferidas para o campo magnético da Terra em um processo conhecido como reconexão.

Alguns locais privilegiados do norte do globo podem ver um espetáculo de auroras na noite desta segunda-feira (16). Crédito: ZMY Photography – Shutterstock

“Essas partículas realmente rápidas e quentes então deslizam pelas linhas do campo magnético da Terra – sob a força de um ímã – até atingirem uma partícula atmosférica neutra e fria, como oxigênio, hidrogênio ou nitrogênio. Nesse ponto, parte dessa energia é perdida – e isso aquece o ambiente local”, explica Ian Whittaker, professor sênior de física da Nottingham Trent University, em um artigo publicado no site The Conversation.

Ao serem perturbadas, as partículas atmosféricas liberam parte dessa energia na faixa da luz visível. Agora, dependendo de qual elemento está superaquecido, surge um conjunto diferente de comprimentos de onda – e, portanto, cores – emitidos na faixa de luz visível do espectro eletromagnético.

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Segundo Whittaker, os azuis e roxos na aurora vêm do nitrogênio, enquanto os verdes e vermelhos são do oxigênio. “Esse processo em particular acontece o tempo todo, mas como o campo magnético da Terra é semelhante em forma a um ímã de barra, a área que é energizada pelas partículas que chegam está em latitudes muito altas e baixas (no Círculo Polar Ártico ou na Antártica, em geral)”.

O campo magnético da Terra também é constante, mas pode ser comprimido e liberado dependendo de quão forte o Sol está. Imagine dois balões semi-inflados pressionados juntos. Se você inflar um deles, adicionando-lhe mais gás, a pressão aumentará e empurrará o balão menor para trás. À medida que se libera esse gás extra, o balão menor relaxa e é empurrado para fora.

Para a Terra, quanto mais forte for essa pressão, mais perto do equador as linhas relevantes do campo magnético são empurradas, o que significa que as auroras podem ser vistas.

Via Olhar Digital

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