Desde o começo do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve aumento no número de famílias vivendo nas ruas no Brasil. Dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome mostram que esse número subiu de 194,3 mil para 291,4 mil — aproximadamente 100 mil famílias a mais.
No governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a média mensal de novas famílias nas ruas atingiu 1,6 mil. Sob Lula, a média mensal triplicou 5,2 mil.
Dezembro de 2023 registrou o pior número, com 10 mil novas famílias na lista de população de rua, seguido por setembro de 2023, com 8,8 mil, e novembro de 2023, com 8,5 mil. Em 2024, abril teve o pior número, com 7,3 mil novas famílias nas ruas.
Por que aumentou o número de mendigos sob Lula
Esse cenário se tornou mais intenso por causa da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu a remoção compulsória de moradores de rua. Entre agosto de 2023 e julho de 2024, por exemplo, o número de novas famílias nas ruas provou-se mais alto do que o verificado entre agosto de 2022 e julho de 2023, quando pouco mais de 44 mil novas famílias foram para as ruas.
A decisão de Moraes suspendeu tanto a remoção forçada como a coleta de pertences dos moradores de rua. Além disso, o magistrado estabeleceu uma série de exigências para os governos estaduais, como o fornecimento de barracas para moradia e de itens de higiene básica aos mendigos.
Em janeiro deste ano, o Senado aprovou a Política Nacional de Trabalho Digno e Cidadania para População em Situação de Rua (PNTC PopRua), uma medida que visa a melhorar as condições de vida e trabalho para essa população.