Inaugurada em agosto, a Arena MRV teve um grande ponto questionado por treinadores, jogadores e imprensa: a situação do gramado do estádio do Atlético em alguns pontos. Pensando nisso, a diretoria do Galo já havia batido martelo para a troca imediata, passando a utilizar a grama sintética. Contudo, o clube esbarrou numa questão legal.
Esta, caso não seja revertida, deve adiar a mudança para o fim de 2024, conforme afirmou o CEO Bruno Muzzi à Itatiaia.
O Plano Diretor de Belo Horizonte estabelece que cada projeto/empreendimento tenha determinada área para infiltração de água, o que não acontece com o gramado sintético, que não a absorve.
Neste cenário, o Atlético-MG seria obrigado a compensar num outro espaço.
“Uma tentativa possível é buscar a mudança de legislação junto à prefeitura. Outra opção seria comprar uma área ao lado para agregar, só que, aí, seriam 8.000 m². Temos também a alternativa de comprovar que a grama sintética volta a mesma quantidade de água que a grama natural”, destacou Bruno Muzzi, em conversa com jornalistas nesta terça-feira (12), na sede do clube.
Cabe lembrar que a mudança exigiria cerca de 60 dias sem atividades no estádio, o que obrigaria o Atlético-MG a mandar suas partidas no Mineirão ou na Arena Independência.
Ainda segundo Bruno Muzzi, mesmo com o empecilho, o clube já realizou alguns orçamentos, buscando o melhor serviço para não errar na troca de gramado.
Diminuir o número de grandes shows na Arena MRV, inclusive, será inevitável para preservar a grama natural, enquanto não for feita a mudança.
Cabe lembrar que a parte do estádio que recebe pouca incidência de luz solar fica bastante prejudicada, com aparência “seca e queimada”.