O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou esperar esclarecimentos sobre o suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele afirmou que “os fatos até agora mostram que foram ‘atitudes isoladas’, que não têm relação com as Forças Armadas”.
Na última terça-feira, 19, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Contragolpe. No mesmo dia, os agentes prenderam quatro militares das Forças Especiais do Exército, os chamados “kids pretos”, e um policial federal. Moraes autorizou a operação, em virtude de ele próprio ser alvo do suposto plano.
José Múcio quer responsabilizar os culpados
Múcio disse desejar que “tudo seja esclarecido para tirar de cima das Forças Armadas a névoa da suspeição”. “Desejo que todos os que tiveram participação sejam responsabilizados por seus atos e presos”, disse.
Segundo as investigações da PF, os quatro militares e o policial federal presos na Operação Contragolpe conversavam em um aplicativo de mensagens.
O que dizem os investigadores
De acordo com a Folha, a investigação descreve a possibilidade de “utilização de envenenamento ou uso de produtos químicos para matar Lula”. Conforme o documento anexado aos autos do processo, o grupo teria cogitado o uso de “artefato explosivo” para matar Moraes.
Além disso, os agentes afirmam que havia um “detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’”.
Os alvos dos mandados de prisão preventiva são:
- Hélio Ferreira Lima, integrante dos “kids pretos”;
- Mario Fernandes, ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro (PL);
- Rafael Martins de Oliveira, integrante dos “Kids Pretos”;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrante dos “kids pretos”; e
- Wladimir Matos Soares, policial federal.