Ao menos 25 pessoas morreram em um atentado terrorista em uma estação de trem no sudoeste do Paquistão, neste sábado, 9. Mais de cem passageiros aguardavam o trem em Quetta, capital da Província do Baluchistão, quando o ataque suicida aconteceu.
Um grupo separatista assumiu a autoria do ataque. Depois do atentado, o governo prometeu eliminar “a ameaça de terrorismo” no país. As autoridades locais disseram que 14 dos 25 mortos eram militares do Exército e seis eram funcionários da estação ferroviária.
Outras 50 pessoas ficaram feridas — algumas em estado de saúde crítico, o que pode aumentar o total de mortes. Um vídeo mostra o momento do ataque.
O Exército de Libertação Baluchi (BLA, na sigla em inglês) assumiu a autoria do ataque. De acordo com o comunicado do movimento separatista, o bombardeio tinha como alvo as tropas que estavam na estação.
O grupo é ilegal no país. Há anos trava uma insurgência pela independência de Islamabad, com atos de terrorismo, a fim de estabelecer um governo próprio no Baluchistão.
Rico em petróleo e minério, o Baluchistão é a maior Província do país. Na região também se concentra a minoria étnica balúchi. Os membros da facção afirmam enfrentar discriminação e exploração por parte do governo central. Na província, além dos grupos separatistas, também operam militantes islâmicos.
Governo do Paquistão promete punir autores do atentado terrorista
O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, declarou que os responsáveis por coordenar o ataque “irão pagar um preço muito caro”. Ele reforçou ainda que as forças de segurança do governo estão determinadas em eliminar “a ameaça do terrorismo”.
Em agosto, o BLA realizou múltiplos ataques coordenados contra ônibus de passageiros, policiais e forças de segurança em todo o Baluchistão, matando mais de 50 pessoas — a maioria civis.
Segurança na estação de trem
Embora a estação de trem conte com um portão de passagem para identificar a presença de explosivos, a polícia identificou outras entradas sem medidas de segurança, o que pode ter contribuído para a vulnerabilidade da área. Quando questionado sobre a segurança, o alto comissário da cidade de Quetta, Hamza Shafqaat, declarou que “geralmente, é muito difícil conter ataques suicidas”.
Shahhid Nawaz, responsável pela segurança na estação ferroviária da cidade, insistiu que não houve brechas de segurança. De acordo com ele, o homem se disfarçou como um passageiro comum e a explosão aconteceu no meio de uma multidão de pessoas.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado