Relatório ainda apontou que os ataques hackers têm tido uma relação cada vez maior com conflitos geopolíticos
Um novo relatório divulgado pela NETSCOUT SYSTEMS aponta que ataques DDoS foram o principal método utilizado por hackers no ano passado. Além disso, o trabalho destaca que estas ações têm relação direta com conflitos geopolíticos.
A empresa, que atua no desenvolvimento de soluções de cibersegurança, ainda afirmou que o Brasil foi o mais da América Latina mais visado pelos cribercriminoos. Foram meio milhão de ataques cibernéticos apenas no segundo semestre de 2024.
Aumento de cerca de 43% em relação ao ano passado
Em toda a América do Sul, foram registrados 1.066.035 ataques DDoS no período analisado pelo relatório.
O número representa um crescimento de 29,83% em relação ao primeiro semestre do mesmo ano.

Apenas em território brasileiro foram 514.210 ações, contra 357.422 ataques do último relatório, do primeiro semestre de 2024. Isso quer dizer que houve um aumento de cerca de 43% no número de atividades virtuais criminosas.
As empresas de telecomunicações sem fio (exceto de satélite) foram as mais visadas, sofrendo 48.845 ataques. Outros alvos importantes foram as infraestruturas de computação e hospedagem, com 28.923 ataques, e o setor de transporte local de frete, com 11.697 incidentes.
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Ferramenta usada na “guerra cibernética”
- Ainda de acordo com o levantamento, ao longo do ano, os ataques DDoS mostraram uma forte conexão com conflitos sociais e políticos.
- Exemplos incluem o aumento de 2.844% em Israel, relacionado ao resgate de reféns feitos pelo Hamas e conflitos políticos.
- Além disso, houve um crescimento de 1.489% na Geórgia, antes da aprovação da “Lei Russa” e o temor de uma aproximação maior com o regime de Vladimir Putin.
- Já nas Américas, o México teve um salto de 218%, impulsionado pelas eleições no país.
- Até o Reino Unido, com crescimento de 152%, aparece na lista após o Partido Trabalhista retomar o controle do governo.

Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.