quinta-feira, novembro 21, 2024
InícioCiência e tecnologiaAtaques a navios no Mar Vermelho paralisam produção da Tesla e Volvo

Ataques a navios no Mar Vermelho paralisam produção da Tesla e Volvo

A Tesla e a Volvo suspenderam parte da produção de veículo na Europa por falta de peças. O problema se agravou após ataques contra navios de transportadoras marítimas no Canal de Suez (entre o mar Mediterrâneo e o mar Vermelho) e deve atingir mais empresas em breve.

O que aconteceu

  • A milícia Houthi, apoiada pelo Irã, fechou a rota marítima, considerada uma das mais importantes do mundo.
  • O conflito regional é decorrente da guerra de Israel em Gaza. Na quinta-feira (11), EUA e Reino Unido responderam com ataques aéreos aos radicais do Iêmen.
  • Além de aumentar a preocupação com ataques a navios carregados com roupas, telefones e peças de automóveis, a taxa de transportes disparou.
  • O esperado é que a rota mais rápida entre a Ásia e a Europa fique fechada por mais tempo.

Segundo a Reuters, este já é o maior golpe na cadeia de abastecimentos desde a pandemia, podendo gerar impactos na economia global.



O que dizem as montadoras

A Tesla declarou que suspenderá a maioria da produção de automóveis em sua fábrica de Berlim, onde monta veículos elétricos para venda na Europa, de 29 de janeiro a 11 de fevereiro, citando falta de componentes.

Os conflitos armados no Mar Vermelho e as mudanças associadas nas rotas de transporte entre a Europa e a Ásia estão tendo um impacto na produção

Tesla, em comunicado

Tesla Gigafactory em Berlim, Alemanha. Imagem: Mariana4one/Shutterstock

Já a Volvo, controlada pela chinesa Geely, disse que interromperá a produção em sua fábrica em Gent, na Bélgica, por três dias na próxima semana devido a um atraso na entrega de caixas de câmbio.

Outras montadoras também poderão sofrer com escassez de peças devido ao conflito do Mar Vermelho. Por enquanto, o grupo automotivo Stellantis disse que não viu “quase nenhum impacto” na fabricação e usou frete aéreo em alguns casos. Já BMW, Volkswagen e Renault disseram que a produção ainda não foi afetada.

Por ora, alguns navios estão sendo redirecionados para uma rota muito mais longa que passa pelo extremo sul de África, o que deixou as viagens ainda mais caras e demoradas. A mudança deve acrescentar pelo menos 10 dias a mais nos prazos de entregas, alertou a dinamarquesa Maersk, a maior do mundo no ramo de transporte marítimo.

Impacto em outros setores

Empresas de outros setores também serão afetadas, como a IKEA, do segmento de mobília doméstica, e a varejista britânica de roupas Next.

Ambas também esperam atrasos na entrega de mercadorias e podem procurar alternativas aéreas ou ferroviárias de transporte para evitar que as prateleiras fiquem vazias nos próximos meses.

Via Olhar Digital

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui