O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos acionou a Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na quarta-feira 24 depois de um possível ataque hacker no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) usado por nove ministérios e dois órgãos.
Segundo a pasta, o “incidente de segurança cibernética” foi registrado na manhã da terça-feira, 23. Internamente, o caso foi reportado em comunicado “urgente” e considerado “grave”.
Na Polícia Federal, o caso deve ficar a cargo da Diretoria de Crimes Cibernéticos. A corporação acompanha o caso e está instruindo a equipe do ministério, mas ainda não instaurou nenhum procedimento formal sobre o episódio.
De acordo com o Ministério de Gestão, o SEI é responsável pelo andamento eletrônico de processos administrativos de nove ministérios e dois outros órgãos.
“O sistema é responsável pelo andamento eletrônico de processos administrativos de nove ministérios e dois outros órgãos. Não foram afetados os serviços ofertados ao cidadão via Gov.br. As equipes de TI já estão tratando o incidente para que os serviços sejam restabelecidos o mais breve possível”, informou o Ministério de Gestão, em nota.
Plataforma alvo do ataque hacker, o SEI faz a gestão de documentos e processos eletrônico
A plataforma SEI, alvo do ataque hacker, faz a gestão de documentos e processos eletrônicos e é utilizada pelos ministérios de Gestão; da Fazenda; dos Povos Indígenas; do Planejamento e Orçamento; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; do Empreendedorismo, Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; da Previdência Social; da Igualdade Racial; e das Mulheres. Os órgãos que usam o SEI são a Casa da Moeda e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O incidente reportado à PF também afetou algumas funcionalidades do processo eletrônico nacional. O órgão frisou que o incidente não afetou o Gov.br, portal que oferece uma série de serviços aos cidadãos.
Em nota divulgada nesta quarta, 24, o ministério afirmou que as equipes de tecnologia da informação da pasta atuam para que os serviços afetados pelo ataque hacker “sejam restabelecidos o mais breve possível”. O sistema também está inacessível para usuários externos.
“Ainda não há previsão para a conclusão do reparo. Diante da situação, pedimos que busquem soluções alternativas para não ter paralisação de nenhum processo ou procedimento urgente”, disse o Ministério de Gestão em comunicado interno aos servidores.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado