quarta-feira, outubro 2, 2024
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Associação critica uso do termo ‘Abin paralela’ em investigação

A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis), publicou uma nota na quinta-feira, 11, criticando o uso do termo “Abin paralela” em referência à investigação da Polícia Federal (PF).

Segundo a associação, a ligação do nome da entidade ao termo “paralelo” é incorreta, pois os envolvidos são “pessoas externas às carreiras de Inteligência”.

A Intelis lamenta a repetição de eventos que “mancham a imagem da Inteligência Estatal devido a ações dos tais agentes externos”, que, depois de deixarem seus cargos, “deixam os ônus de suas ações para os servidores orgânicos”.

A entidade espera que os responsáveis pelos desvios sejam punidos. “As crises se sucederão e atores externos seguirão destruindo a imagem e as capacidades do imprescindível serviço de Inteligência republicano do Brasil“, diz o texto.

Operação Última Milha e a suposta “Abin paralela”

Alexandre Ramagem
O ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, é um dos alvos da operação | Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A estrutura investigada pela Operação Última Milha ficou conhecida como “Abin paralela” por investigar como parte da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência foi supostamente usada no governo de Jair Bolsonaro para “monitorar ilegalmente autoridades públicas e produzir notícias falsas”.

Em uma nova fase iniciada na quinta-feira, a PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva. A ação tem como alvo o ex-chefe do órgão e atual deputado federal Alexandre Ramagem, além de influenciadores ligados ao suposto “gabinete do ódio”.

Até o momento, quatro prisões foram efetuadas: Giancarlo Gomes Rodrigues; ⁠Matheus Sposito, que foi assessor da Secretaria de Comunicação Social no governo passado; ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, policial federal, e Richards Dyer Pozzer.

As investigações revelam que membros dos Três Poderes e jornalistas teriam sido alvo do grupo, que supostamente criava perfis falsos e divulgava fake news.

A organização também teria, segundo a PF, acessado ilegalmente computadores, telefones e infraestruturas de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

“Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio”, informou a PF, em nota.



Via Revista Oeste

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