Com a aproximação das eleições presidenciais na Venezuela, a crise econômica se agrava e atinge principalmente comunidades no oeste. Famílias inteiras lutam contra a fome e a desnutrição no país, comandado pelo ditador Nicolás Maduro. No posto desde 2013, ele pretende se reeleger neste pleito, marcado para o dia 28.
Nos últimos dez anos, o PIB da Venezuela diminuiu cerca de 73%. Embora Maduro tenha flexibilizado controles cambiais e outras regulamentações em 2019 para tentar estimular a economia, a Venezuela ainda enfrenta o segundo maior nível de fome na América do Sul.
De acordo um levantamento da ONU para a Alimentação e a Agricultura, cerca de 5,1 milhões de pessoas, em uma população de aproximadamente 30 milhões, não têm o suficiente para comer.
Ainda segundo o órgão internacional para a Alimentação e a Agricultura, a situação do país fica atrás apenas da Bolívia, atualmente comandado por Luis Acre.
Desnutrição chama atenção da imprensa antes das eleições presidenciais
Um dos casos de pobreza extrema que chamaram atenção da imprensa é o de Anais Diaz. Mãe de nove crianças, ela mora em Maracaibo, capital do Estado de Zulia, maior produtor de petróleo da Venezuela.
O filhos gêmeos de Anais Diaz, com 6 meses de vida, foram diagnosticados com desnutrição. Uma outra criança de 2 anos está abaixo do peso ideal.
Às margens do Lago Maracaibo, maior lago da América Latina, Anabel Camejo depende da pesca do marido para alimentar seus seis filhos. Anabel tem 22 anos e contou à CNN que dois deles estão em programas de recuperação nutricional devido ao baixo peso.
Sem saber a quem recorrer, as duas mães contam somente com o apoio de fundações locais que oferecem refeições e assistência médica às famílias mais vulneráveis da região.