domingo, novembro 24, 2024
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Às vésperas da eleição, Nicolás Maduro reúne embaixadores

O ditador venezuelano Nicolás Maduro reuniu embaixadores em Caracas em evento que se assemelhava a um comício. O encontro foi realizado no último sábado, 27, horas antes da eleição presidencial na Venezuela, que ocorre neste domingo, 28.

Glivânia Maria de Oliveira, embaixadora do Brasil, participou da reunião. Ela lidera a retomada das relações bilaterais com o governo de Lula (PT), depois de um período de tensão entre Maduro e a administração de Jair Bolsonaro (PL). As informações são da Folha de S. Paulo.

Nicolás Maduro fala sobre ‘banhos de sangue’ e capitalismo selvagem

Em um palco, diante de embaixadores e observadores eleitorais, Maduro discutiu sobre “banhos de sangue” no país.

“O capitalismo selvagem provoca convulsões sociais, e na Venezuela já provocou mais de um banho de sangue”, declarou ele durante um longo discurso sobre a história do país.

Há 11 anos no poder, Maduro afirmou que se não for reeleito, o país vai enfrentar um verdadeiro “banho de sangue”. Neste domingo, o país terá uma das eleições mais importantes da era chavista. Isso porque, pela primeira vez, a oposição ameaça a ditadura de Maduro.

Críticas ao sistema eleitoral e a líderes opositores

O ditador venezuelano também comentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil de não enviar observadores. Isso aconteceu depois de Maduro criticar o processo eleitoral brasileiro, alegando que “não era auditado”.

“Alguns, como o TSE, chatearam-se com a verdade”, afirmou Maduro no evento.

Maduro criticou os líderes anteriores a Hugo Chávez, chamando-os de “títeres” dos EUA. Também afirmou que “correntes fascistas da América Latina nasceram na Venezuela”.

Ele listou líderes que considera parte desse grupo, que inclui o ex-presidente Bolsonaro, o presidente da Argentina, Javier Milei, e o ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. Milei e Uribe apoiam a oposição venezuelana representada por Edmundo González e María Corina Machado.

Fechamento da fronteira e ironias de Bolsonaro

Em 2019, Maduro ordenou o fechamento da fronteira terrestre para impedir a ajuda humanitária dos EUA e países vizinhos, incluindo o Brasil, após solicitação de Juan Guaidó, então autoproclamado presidente interino.

Na sexta-feira 26, Bolsonaro ironizou Maduro, dizendo que ele “deu um passinho à direita” ao criticar o sistema eleitoral brasileiro sem provas.

Via Revista Oeste

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