O Nubank vem se destacando no mercado global de fintechs desde o seu surgimento, em meados de 2013. Desde então o banco cresceu bastante, lançou um programa de BDR nível III e, logo em seguida, o descontinuou para oferecer BDRs de nível I.
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Mesmo com grandes mudanças em um período curto de tempo, os investidores brasileiros continuam apostando nos Recibos de Depósitos Bancários (BDRs) da instituição financeira. Hoje, os ativos do banco são negociados sob o ticker ROXO34.
O banco digital registrou lucro líquido ajustado de US$ 355,6 milhões no terceiro trimestre de 2023, resultado que aos olhos dos investidores parece um bom sinal sobre a saúde financeira da empresa.
Na visão da analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, o Nubank construiu uma capacidade de execução histórica e uma boa rentabilidade em pouco tempo. A valorização combinada dos antigos e novos BDRs chega a 51,8% no ano, mas é preciso considerar que o cenário é complexo.
Vantagens e desafios
Quaresma aponta o valuation como o maior desafio para investir na fintech, hoje acima da média das companhias do setor com um múltiplo de preço de 8 vezes sobre valor patrimonial (P/VPA). Segundo a especialistas, essa relação pode ser justificada, em parte, pela rentabilidade e o crescimento do banco.
Por outro lado, ela enxerga pouco potencial de valorização no momento atual. O Itaú Unibanco, por exemplo, tem um Retorno Sobre Investimento (ROI) próximo ao do Nubank (21%) e alta razoável o lucro, mas é negociado a 1,5 vezes o valor patrimonial.
A analista da Empiricus Research tem recomendação neutra para o BDR do Nubank. “Não acreditamos que quem tem ações deva vender, assim como não achamos que quem não tem deva comprar”, completa.